Foto tirada com lente tilt-shift em 10 de novembro de 2024 mostra visitantes no pavilhão da China durante a 7ª edição da Exposição Internacional de Importação da China em Shanghai, no leste da China. (Xinhua/Wang Xiang)
Por Xin Ping
Alguns políticos ocidentais têm sido muito ativos nas tentativas de desacreditar a China, inventando histórias e espalhando desinformação que vão desde "ameaça da China" até "colapso da China" e "Pico da China". A última alegação é que a China está exportando seu "excesso de capacidade" e colocando em risco as indústrias de manufatura dos países em desenvolvimento, causando o que eles chamam de "choque da China 2.0".
Essa acusação está fora da realidade.
A China, tendo vivenciado um rápido crescimento nas últimas décadas, virou a segunda maior economia do mundo e continua sendo um membro comprometido do Sul Global. Enfrentando desafios semelhantes na busca pelo desenvolvimento, a China e outros países em desenvolvimento são parceiros naturais que se concentram em impulsionar o crescimento e melhorar os meios de subsistência.
Em contraste com as afirmações de alguns políticos ocidentais, o desenvolvimento da China não é uma ameaça para outros países. Pelo contrário, é uma fonte de oportunidades para o mundo. Mais importante ainda, a jornada da China em busca do desenvolvimento forneceu informações empíricas e confiança para outras nações em desenvolvimento abrirem seus próprios caminhos de desenvolvimento.
As estatísticas mostram o papel significativo dos investimentos da China nos países parceiros da Iniciativa Cinturão e Rota (ICR). No final de 2023, o estoque de investimento direto da China nesses países ultrapassou 300 bilhões de dólares americanos, com empresas chinesas contratadas para projetos no valor de mais de 1,4 trilhão de dólares. Até o final de junho, a China construiu mais de 100 zonas de cooperação econômica e comercial no exterior em 46 países, contribuindo com mais de 13,3 bilhões de dólares em impostos e taxas para os países anfitriões.
Foto aérea de drone mostra navio chamado "Xin Shanghai" operado pela China COSCO Shipping Corporation Limited atracando no Porto de Yangshan, Shanghai, no leste da China, no dia 18 de dezembro de 2024. (Xinhua/Fang Zhe)
O capital, a tecnologia e o equipamento de baixo custo da China desempenharam um papel essencial na facilitação da transformação industrial e do crescimento econômico nesses países parceiros.
Enquanto isso, a China abraça ativamente produtos de qualidade do mundo em desenvolvimento, compartilhando as oportunidades do vasto mercado interno chinês.
A China é o maior mercado de exportação para 44 países e regiões e está entre os cinco principais mercados de exportação para 104 países e regiões. Somente em 2023, a China importou 2,56 trilhões de dólares em mercadorias, garantindo sua posição como o segundo maior importador de mercadorias do mundo pelo 15º ano consecutivo.
Ao contrário das alegações de que busca um superávit comercial, a China está ativamente abrindo mais seu mercado. A partir de 1º de dezembro, a China concedeu tratamento de tarifa zero a todos os produtos de linha tarifária dos países menos desenvolvidos com os quais tem relações diplomáticas, marcando o primeiro grande país em desenvolvimento e a primeira grande economia a fazer isso. A China também sediou a Exposição Internacional de Importação da China, a primeira exposição nacional desse tipo no mundo, por sete anos consecutivos, alcançando um volume comercial cumulativo pretendido de mais de 420 bilhões de dólares.
Além disso, a China tem se dedicado a expandir a cooperação verde e inovadora com os países em desenvolvimento, impulsionando a transição verde e a capacitação desses países.
Sob a estrutura da ICR, a China lançou, em cooperação com os países parceiros da iniciativa, várias plataformas de intercâmbio e cooperação para o desenvolvimento verde, assinou 52 documentos de cooperação Sul-Sul sobre mudanças climáticas com 42 países em desenvolvimento e implementou mais de 80 projetos de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. As usinas de energia solar e eólica construídas pela China agora são comuns em todo o mundo em desenvolvimento.
A China adota uma abordagem de mente aberta para a cooperação científica internacional, trabalhando para reforçar as capacidades científicas e tecnológicas de outros países em desenvolvimento por meio de pesquisa conjunta, transferências de tecnologia, programas de cooperação de parques industriais e intercâmbios interpessoais.
Desde 2013, a China assinou acordos intergovernamentais sobre cooperação científica com mais de 80 países parceiros da ICR e estabeleceu mais de 50 laboratórios conjuntos da ICR, mais de 70 parques industriais no exterior, nove centros de transferência de tecnologia transfronteiriços e 10 centros de cooperação científica e educacional no exterior. A cooperação abrange várias áreas, desde agricultura e assistência médica até tecnologia da informação, novas fontes de energia e pesquisa básica.
A China também patrocinou mais de 10.000 jovens cientistas de países parceiros da ICR para programas de pesquisa científica e intercâmbio de curto prazo na China. Além disso, treinou mais de 16.000 técnicos e profissionais de gestão desses países, provendo as habilidades e o conhecimento necessários para impulsionar a inovação e o desenvolvimento em suas terras natais.
Os esforços da China mencionados acima, com o objetivo final de beneficiar as pessoas dos países em desenvolvimento, geraram resultados frutíferos ao longo dos anos.
Nos últimos três anos, as empresas chinesas criaram 1,1 milhão de empregos para países anfitriões na África, e pelo menos mais um milhão de empregos devem ser criados nos próximos três anos. A cooperação da China com a América Latina levou à criação de quase um milhão de empregos locais, e o Corredor Econômico China-Paquistão gerou diretamente 236.000 empregos para populações locais.
Desde a implementação da ICR, a China ajudou os países parceiros a tirar mais de 40 milhões de pessoas da pobreza. No Camboja, em Mianmar, no Zimbábue e em Djibuti, muitos projetos de subsistência "pequenos e lindos" auxiliados pela China, como perfuração de poços, moradia, assistência médica e construção de estradas rurais, foram realizados para atender às necessidades básicas das comunidades locais.
Esses fatos e números falam muito sobre o comprometimento da China em promover o desenvolvimento comum com outros países. Alguns políticos ocidentais questionam esse comprometimento, sugerindo que a China deve ter uma agenda oculta. Seu próprio modus operandi explica sua suspeita. Para citar um provérbio chinês, eles estão "medindo o coração de um cavalheiro com a mente de um homem mesquinho".
A cultura chinesa adota este princípio: "Para se manter firme, ajude os outros a se manterem firmes; para ter sucesso, ajude os outros a terem sucesso". Essa filosofia sustenta a abordagem da China para promover amizade e interesses mútuos. O país acredita que ajudar os outros também é benéfico para si mesmo. A China está apoiando suas palavras com ações concretas e cumprindo seu papel como um grande país em desenvolvimento.
Nota da edição: texto feito por comentarista de assuntos internacionais, que escreve regularmente para a Agência de Notícias Xinhua, CGTN, Global Times, China Daily etc. E-mail de contato: xinping604@gmail.com.
As opiniões expressas neste artigo são da autoria e não refletem necessariamente as posições da Agência de Notícias Xinhua.