Rio de Janeiro, 31 dez (Xinhua) -- O mercado financeiro elevou nesta segunda-feira as previsões de inflação no Brasil para 2025 pela 11ª vez consecutiva e a da cotação do dólar, saltando para 4,96% e 1,9%, respectivamente, informou o Banco Central.
Segundo o Boletim Focus, que a entidade emissora publica todas as segundas-feiras após entrevistar uma centena de economistas do mercado financeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechará 2025 em 4,96%. No último boletim, divulgado na semana passada, o mercado projetava um IPCA de 4,86% para 2025.
A projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2025 passou de 4,84% para 4,96% no fim do próximo ano.
Já o dólar, que fechou em 2024 em 6,1797 reais, tinha previsão de chegar ao fim de 2025 em 5,90 reais, mas, agora, é estimado em 5,96 reais.
A inflação esperada para 2024 recuou ligeiramente, de 4,91% para 4,9%. Ainda assim, ficou acima do teto da meta de inflação para o ano, que era de 4,50%.
Em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado ficou estável em 3,49%. Para 2025, os analistas projetaram um crescimento de 1,8%. Há uma semana, o mercado estimava um PIB de 1,9% para 2025.
Os economistas do mercado financeiro mantiveram, em relação à semana passada, a previsão de que a taxa básica de juros, Selic, que fechou 2024 em 12,5% ao ano, continue a aumentar. Para o fechamento de 2025, a projeção do mercado está em 14,75% ao ano.
Sobre o saldo da Balança Comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção caiu de US$ 74,3 bilhões para US$ 74,15 bilhões de superávit em 2024. Para 2025, a expectativa para o saldo positivo ficou estável em US$ 74,3 bilhões.
Com relação à previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2024 houve um recuo de US$ 70,5 bilhões para US$ 70 bilhões. Para 2025, a estimativa de ingresso permaneceu em US$ 70 bilhões.