Comentário: Continuar o legado de Carter para melhores laços China-EUA-Xinhua

Comentário: Continuar o legado de Carter para melhores laços China-EUA

2025-01-03 13:29:55丨portuguese.xinhuanet.com

Foto de arquivo mostra ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, participando de evento no Centro Carter em Atlanta, Estados Unidos, no dia 17 de julho de 2014. (Xinhua/Bao Dandan)

Hoje, enquanto o relacionamento China-EUA está enfrentando fortes obstáculos, o legado de Carter é um lembrete para Washington da importância da sobriedade e visão estratégicas.

Por Deng Xianlai

Washington, 1º jan (Xinhua) -- 1º de janeiro de 2025 marca o 46º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas China-EUA.

Contra o pano de fundo de grandes mudanças não vistas em um século e a retórica anti-China clamorosa entre alguns políticos dos EUA, é hora de lembrar o legado do falecido presidente dos EUA, Jimmy Carter, e navegar nesse relacionamento essencial daqui para frente.

A determinação de Carter em normalizar as relações China-EUA em 1979, que ele se referiu como a "conquista máxima de sua vida", testemunhou sua visão e coragem.

Em meio às tensões da Guerra Fria, Carter agiu decisivamente para cortar laços oficiais com Taiwan, preparando o cenário para um crescimento estável e sólido dos laços bilaterais.

Hoje, enquanto o relacionamento bilateral está enfrentando fortes obstáculos, o legado de Carter é um lembrete para Washington da importância da sobriedade e visão estratégicas.

Se a história serve de guia, no centro de um relacionamento sólido China-EUA está o entendimento comum de que, apesar dos sistemas políticos, experiências históricas e origens culturais totalmente diferentes, os dois países compartilham muito interesse na estabilidade e na prosperidade do mundo.

Nos últimos 46 anos, esse compromisso com a cooperação tem sido fundamental para enfrentar os desafios globais e trazer enormes benefícios para ambos os lados e para o mundo em geral.

As relações China-EUA são, em essência, definidas por benefício e cooperação mútuos. Ao longo dos anos, ambas as nações alavancaram suas forças complementares para aumentar o "bolo" da cooperação, trazendo benefícios tangíveis para ambos os povos.

A cooperação econômica e comercial estabeleceu o pilar de seu relacionamento, com o comércio tendo disparado mais de 200 vezes. Os investimentos bidirecionais ultrapassaram 260 bilhões de dólares americanos, com mais de 70.000 empresas americanas operando na China e gerando lucros anuais de 50 bilhões de dólares. Além disso, as exportações para a China sustentam 930.000 empregos de volta aos Estados Unidos.

Apesar da retórica clamorosa de "desacoplamento" e "redução de riscos" entre alguns políticos dos EUA, a cooperação China-EUA não foi um jogo de soma zero.

Ao longo de décadas de desenvolvimento, os interesses dos dois países ficaram profundamente interligados. O caminho do benefício mútuo continua sendo a única escolha viável para ambos. Como o CEO da Apple, Tim Cook, disse: "Não há cadeia de suprimentos no mundo que seja mais essencial para nós do que a China".

CEO da Apple, Tim Cook, comparece à inauguração de nova loja principal da Apple em Shanghai, leste da China, no dia 21 de março de 2024. (Xinhua/Liu Ying)

Em vez de definir o relacionamento em uma mentalidade de rivalidade de soma zero, os Estados Unidos precisam trabalhar com a China para se concentrar na expansão das áreas de interesses convergentes e encontrar o máximo de pontos em comum. Seja no comércio, na inovação científica, nas trocas interpessoais ou na busca pela paz mundial, as oportunidades para resultados mútuas são muitas.

O relacionamento China-EUA há muito ultrapassou o escopo bilateral e virou um fator essencial na formação do futuro da humanidade.

Em um cenário internacional em rápida evolução, o legado de Carter serve como um encorajamento sincero de que a China e os Estados Unidos devem buscar a maneira certa de se relacionarem, principalmente por meio do diálogo, da gestão de diferenças, do aumento da confiança mútua, do esclarecimento de mal-entendidos e da expansão da cooperação, de modo a gerar benefícios aos dois países e ao mundo em geral.

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