(Multimídia) Entrevista: China continua sendo uma parte essencial da estratégia das empresas dos EUA, diz presidente da AmCham Shanghai -Xinhua

(Multimídia) Entrevista: China continua sendo uma parte essencial da estratégia das empresas dos EUA, diz presidente da AmCham Shanghai

2025-01-10 13:27:15丨portuguese.xinhuanet.com

 

Visitantes observam o modelo do programa demonstrador de tecnologia RISE na área de exposição da General Electric durante a sétima Exposição Internacional de Importação da China (CIIE) em Shanghai, leste da China, em 5 de novembro de 2024. (Xinhua/Fang Zhe)

   Shanghai, 10 jan (Xinhua) -- Diante da evolução das dinâmicas geopolíticas, a China continua sendo a principal base de produção das empresas dos Estados Unidos e uma parte crucial do planejamento estratégico dessas companhias, afirmou Eric Zheng, presidente da Câmara de Comércio Norte-Americana em Shanghai (AmCham Shanghai), em recente entrevista à Xinhua.

   Zheng destacou que, embora a incerteza geopolítica, especialmente nas relações bilaterais entre os Estados Unidos e a China, ainda seja o maior desafio para as empresas norte-americanas na China, as companhias membros da AmCham Shanghai não estão deixando o mercado chinês devido à sua importância crucial para os seus negócios.

   Ele afirmou que empresas membros, como a 3M, que tem prosperado na China há 40 anos, se adaptando às mudanças de mercado desde sua entrada após as reformas e a abertura do país, estão no país a longo prazo.

   "A China não é apenas uma parte do quebra-cabeça, mas um componente essencial de sua estratégia de longo prazo. É por isso que nossas empresas estão comprometidas com esse mercado a longo prazo", acrescentou Zheng, enfatizando a necessidade de as empresas dos EUA manterem uma visão positiva e desenvolverem estratégias que aproveitem seus pontos fortes para ter sucesso comercialmente na China.

   A política comercial dos EUA tem atraído atenção significativa devido às suas promessas de impor tarifas à China e a outros parceiros comerciais. Mesmo que nem todas essas medidas se concretizem, espera-se que uma agenda fortemente protecionista se estabeleça, com as tarifas como principal ferramenta.

   Zheng destacou que as tarifas não são a melhor solução para disputas comerciais. "A melhor maneira é identificar quais são as questões-chave e buscar outras formas de resolvê-las, em vez de usar tarifas."

   Observando que as tarifas prejudicam mais os consumidores do que os exportadores, Zheng pediu a continuidade do diálogo entre os Estados Unidos e a China para explorar soluções mais sensatas e eficazes.

   Zheng também enxerga um potencial para colaboração entre os dois países na reconstrução da capacidade manufatureira. "Os Estados Unidos estão tentando reconstruir sua capacidade de produção, e a China está em uma posição excelente para apoiar isso", afirmou. "O ecossistema manufatureiro competitivo e sofisticado da China pode, certamente, ajudar os EUA nesse sentido".

   Olhando para 2025, Zheng acredita que os estímulos políticos serão cruciais. Ele afirmou que o foco está mais nas políticas macroeconômicas proativas, incluindo tanto medidas fiscais quanto monetárias, com ênfase em estimular o consumo para impulsionar a demanda, o que ele considera um passo positivo.

   "Também ficamos impressionados com a mensagem de que o governo continuará a incentivar o investimento estrangeiro", disse, acrescentando que isso garantirá que os investidores estrangeiros continuem a prosperar na China.

   A AmCham Shanghai, uma organização empresarial sem fins lucrativos e apartidária, conta com mais de 3 mil membros de mais de mil empresas. Ela é comprometida com os princípios do livre comércio, mercados abertos, iniciativa privada e o fluxo irrestrito de informações.

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