Opinião: Após três anos, RCEP prova poder da integração econômica para prosperidade compartilhada-Xinhua

Opinião: Após três anos, RCEP prova poder da integração econômica para prosperidade compartilhada

2025-01-16 11:13:46丨portuguese.xinhuanet.com

Frutas importadas da Tailândia são exibidas em supermercado em Nanning, Região Autônoma Zhuang de Guangxi, sul da China, no dia 15 de julho de 2022. (Xinhua/Zhu Lili)

Nos últimos três anos, as tarifas sobre mais de 90% dos bens comercializados entre os países membros da RCEP foram gradualmente eliminadas ou significativamente reduzidas.

Por Thong Mengdavid

Após três anos, a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP, na sigla em inglês), o maior acordo de livre comércio do mundo por PIB, virou prova do poder da integração econômica, provando que a cooperação, não o isolamento, leva à prosperidade compartilhada.

O mega-pacto comercial, que abrange cerca de 2,3 bilhões de pessoas, demonstrou seu potencial transformador no reforço do crescimento econômico regional, aumentando a liberalização do comércio e promovendo uma integração mais forte entre seus membros.

 

IMPULSO PARA O COMÉRCIO REGIONAL

A RCEP compreende 15 países, incluindo 10 países da Associação das Nações do Sudeste Asiático, além da China, do Japão, da Coreia do Sul, da Austrália e da Nova Zelândia.

Seu sucesso está no foco na redução de barreiras comerciais, harmonização de padrões e criação de uma zona econômica uniforme.

Nos últimos três anos, as tarifas sobre mais de 90% dos bens comercializados entre os países membros foram gradualmente eliminadas ou significativamente reduzidas, facilitando a economia de custos para empresas e consumidores.

Essa redução de tarifas foi uma salvação para pequenas e médias empresas, permitindo que elas acessassem novos mercados com obstáculos regulatórios reduzidos.

O comércio intrarregional aumentou à medida que as empresas aproveitam os procedimentos alfandegários simplificados, regras de origem simplificadas e melhor conectividade da cadeia de suprimentos.

Por exemplo, os países do Sudeste Asiático viram um aumento significativo nas exportações de produtos agrícolas e eletrônicos, enquanto economias avançadas como Japão e Coreia do Sul expandiram seus bens e serviços de alta tecnologia para mercados em crescimento.

Para o Camboja, de acordo com o último relatório do Ministério do Comércio, o reino exportou 8,25 bilhões de dólares americanos em produtos para outros países membros da RCEP nos primeiros 11 meses de 2024, um aumento de 14,4% em relação aos 7,21 bilhões de dólares no mesmo período em 2023.

 

PRINCIPAL PAPEL DA CHINA

Como a maior economia da RCEP, a China desempenhou um papel fundamental no sucesso do acordo.

O compromisso da China com a liberalização do comércio e mercados abertos estabeleceu uma base sólida para a parceria.

Nos últimos três anos, a China não só aderiu aos seus compromissos sob a RCEP, como também promoveu ativamente a cooperação regional por meio de investimentos em infraestrutura e comércio digital.

A Iniciativa Cinturão e Rota da China complementou os objetivos da RCEP ao melhorar a conectividade em toda a Ásia, permitindo que os estados-membros capitalizem novas rotas comerciais e redes logísticas.

Além disso, os avanços tecnológicos da China em áreas como comércio eletrônico facilitaram a digitalização do comércio, permitindo que empresas dentro dos países da RCEP expandissem seu alcance e eficiência.

O mercado chinês também forneceu uma base de demanda robusta para os países da RCEP, impulsionando exportações de bens que vão de produtos agrícolas a produtos manufaturados de alto valor.

Além disso, o engajamento proativo da China no diálogo regional ajudou a resolver disputas comerciais e fortaleceu a cooperação em proteção de propriedade intelectual e desenvolvimento sustentável.

 

MODELO DE MULTILATERALISMO

Em uma era de crescente protecionismo e incertezas geopolíticas, a RCEP surgiu como uma esperança de cooperação multilateral.

Ao priorizar a inclusão e a prosperidade compartilhada, o acordo demonstrou os benefícios do livre comércio e da integração econômica.

Sua capacidade de reunir economias diversas, de nações desenvolvidas a mercados emergentes, ressalta o potencial de esforços coletivos para superar desafios globais.

À medida que a RCEP entra em seu quarto ano, os estados-membros devem continuar trabalhando para maximizar seus benefícios. Isso inclui fortalecer a colaboração em áreas emergentes, como tecnologia verde, economia digital e desenvolvimento sustentável.

Com o apoio firme e contínuo da China e o compromisso inabalável de todos os membros, a RCEP está bem posicionada para impulsionar o crescimento regional e definir uma referência para parcerias comerciais globais nos próximos anos.

 

Nota da edição: Thong Mengdavid é palestrante no Instituto de Estudos Internacionais e Políticas Públicas da Universidade Real de Phnom Penh, no Camboja.

As opiniões expressas neste artigo são da autoria e não refletem necessariamente as da Agência de Notícias Xinhua.

Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:

Telefone: 0086-10-8805-0795

Email: portuguese@xinhuanet.com