Um homem palestino é enquadrado pela estrutura de um prédio destruído após um bombardeio israelense em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. Israel e Hamas concordaram com um acordo de cessar-fogo em Gaza por reféns após intensa mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, anunciou o primeiro-ministro do Catar na quarta-feira. A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas liderou um ataque a Israel, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns. O ataque retaliatório de Israel a Gaza matou mais de 46.700 pessoas e reduziu grande parte do território a escombros, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Doha/Jerusalém, 15 jan (Xinhua) -- Israel e o Hamas concordaram com um acordo de cessar-fogo em Gaza, após mediação intensiva do Catar, Egito e Estados Unidos, segundo um anúncio do primeiro-ministro do Catar na quarta-feira.
O acordo inclui uma fase inicial de 42 dias, durante a qual mais de 15 meses de combates em Gaza serão interrompidos. Os militares israelenses se retirarão de áreas povoadas para os arredores de Gaza, permitindo que os palestinos deslocados retornem às suas residências na Faixa de Gaza.
A ajuda humanitária fluirá, com 600 caminhões entrando em Gaza diariamente, incluindo 50 carregando combustível para restaurar a eletricidade no território, de acordo com a emissora estatal de notícias Kan TV, de Israel.
Em uma entrevista coletiva, o primeiro-ministro e o ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim Al Thani, anunciaram que Israel e o Hamas haviam chegado a um acordo sobre a troca de reféns e prisioneiros, visando um cessar-fogo permanente. A implementação do acordo está marcada para domingo, 19 de janeiro, com o Hamas libertando 33 reféns em uma troca de prisioneiros palestinos durante a primeira fase. Detalhes das fases subsequentes serão revelados mais tarde.
Em uma declaração conjunta emitida pelo Catar, Egito e Estados Unidos, os três mediadores afirmaram seu papel como garantidores do acordo de cessar-fogo, dizendo que ajudariam a garantir que todos os três estágios do cessar-fogo seriam totalmente implementados por ambas as partes.
"Consequentemente, os residentes trabalharão juntos para garantir que as partes implementem suas obrigações no acordo e que os três estágios prosseguem integralmente", refere a declaração.
O presidente dos EUA, Joe Biden, falando da Casa Branca, apelidou o acordo de "uma das negociações mais difíceis pelas quais já passei" e enfatizou o objetivo de acabar com a guerra. Durante as próximas seis semanas, "Israel negociará os arranjos necessários para obter a fase dois, que se trata de um fim permanente da guerra", disse Biden.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, saudou o acordo, afirmando: "Nossa prioridade deve ser aliviar o tremendo sofrimento causado por este conflito". Ele acrescentou que a ONU está a postos para apoiar sua implementação e fornecer ajuda humanitária sustentada aos palestinos. Guterres apelou ainda a todas as partes que trabalhem rumo a uma "solução negociada de dois estados" como prioridade urgente.
O Hamas saudou o acordo como uma vitória, com o alto funcionário Khalil al-Hayya elogiando a resiliência e os sacrifícios dos palestinos.
O Gabinete de Segurança e o governo israelenses devem se reunir na quinta-feira para duas reuniões consecutivas para votar o acordo. Embora se acredite que Netanyahu tenha a maioria, os principais parceiros da coalizão, Bezalel Smotrich e Itamar Ben-Gvir, ameaçaram deixar o governo, a menos que haja um compromisso claro de retomar os combates em Gaza após o retorno dos reféns. Essa medida poderia dissolver a maioria de Netanyahu, o que poderia desencadear eleições antecipadas.
O presidente cerimonial de Israel, Isaac Herzog, pediu ao governo que aprovasse o acordo, descrevendo-o como "a medida certa, importante e necessária".
O acordo, esboçado pela primeira vez em maio de 2024, segue-se a cerca de um ano de conversações indiretas constantes entre Israel e o Hamas, culminando em quatro dias de negociações intensivas em Doha.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas liderou um ataque a Israel, vitimando cerca de 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns. O ataque retaliatório de Israel a Gaza resultou na morte de mais de 46.700 pessoas e reduziu grande parte do território a escombros, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza.
O presidente egípcio Abdel-Fattah al-Sisi saudou na quarta-feira o acordo de cessar-fogo que foi alcançado "após mais de um ano de árduos esforços sob a mediação do Egito, do Catar e dos Estados Unidos".
Enquanto isso, a emissora estatal egípcia informou que a coordenação está em andamento para abrir o lado palestino da passagem de fronteira de Rafah entre o Egito e Gaza para o envio de ajuda humanitária ao enclave.
"O Egito está se preparando para enviar a maior quantidade possível de ajuda a Gaza", disse a emissora estatal, citando uma fonte não identificada do alto escalão.
Os Emirados Árabes Unidos (EAU) expressaram na quarta-feira seu forte apoio ao recém-anunciado acordo de cessar-fogo, juntamente com a libertação de detidos, reféns e prisioneiros.
O ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, pediu que ambas as partes honrassem seus compromissos com o acordo, ressaltando a necessidade de aliviar a situação dos detentos palestinos e dos reféns israelenses.
Um homem palestino é visto em uma casa danificada após um bombardeio israelense em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Um homem palestino é visto em uma casa danificada após um bombardeio israelense em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Um homem palestino é visto no local de uma casa destruída após um bombardeio israelense em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Pessoas se reúnem em uma manifestação de apoio aos palestinos após um acordo de cessar-fogo ser alcançado entre Israel e o Hamas, no centro de Rabat, Marrocos, em 15 de janeiro de 2025. (Xinhua/Huo Jing)
Pessoas se reúnem em uma manifestação de apoio aos palestinos após um acordo de cessar-fogo ser alcançado entre Israel e o Hamas, no centro de Rabat, Marrocos, em 15 de janeiro de 2025. (Xinhua/Huo Jing)
Palestinos são vistos em uma casa danificada após um bombardeio israelense em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Palestinos reagem às notícias sobre um acordo de cessar-fogo com Israel, em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Palestinos reagem às notícias sobre um acordo de cessar-fogo com Israel, em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Palestinos reagem às notícias sobre um acordo de cessar-fogo com Israel, em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Palestinos reagem às notícias sobre um acordo de cessar-fogo com Israel, em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Palestinos reagem às notícias sobre um acordo de cessar-fogo com Israel, em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Palestinos reagem às notícias sobre um acordo de cessar-fogo com Israel, em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)
Palestinos reagem às notícias sobre um acordo de cessar-fogo com Israel, em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, em 15 de janeiro de 2025. (Foto por Rizek Abdeljawad/Xinhua)