Beijing, 22 jan (Xinhua) -- Como dois grandes países em desenvolvimento e economias emergentes, a China e a Índia devem se concentrar no desenvolvimento e na cooperação e trazer as relações bilaterais de volta a um caminho de desenvolvimento saudável e estável, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, na terça-feira.

O porta-voz fez as observações em uma coletiva de imprensa diária quando solicitado a comentar o recente discurso do ministro das Relações Exteriores da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, que afirmou que os laços entre Índia e China dizem respeito às perspectivas mais amplas de ambos os países e à ordem global, e que a Índia administrará suas relações com a China a partir de uma perspectiva de longo prazo..

Como duas civilizações antigas, grandes países em desenvolvimento e economias emergentes, a China e a Índia devem se concentrar no desenvolvimento e na cooperação, disse Guo.

Isso atende aos interesses fundamentais dos mais de 2,8 bilhões de habitantes dos dois países, responde às aspirações comuns dos países e povos da região, corresponde à tendência de crescimento notável do Sul Global e é proício à paz e prosperidade regionais e globais, disse Guo.

Guo enfatizou a necessidade de ambas as partes cumprirem seriamente os importantes entendimentos comuns alcançados pelos líderes dos dois países, incluindo o consenso de que China e Índia são oportunidades de desenvolvimento uma para a outra, e não ameaças, além de serem parceiras de cooperação e não competidoras.

"Precisamos observar e lidar com as relações bilaterais a partir de uma perspectiva estratégica e de longo prazo, trazendo os laços de volta ao caminho de um desenvolvimento saudável e estável, além de encontrar o caminho certo para que grandes países vizinhos vivam em harmonia e se desenvolvam lado a lado", declarou Guo.

Os dois países devem aderir aos Cinco Princípios da Coexistência Pacífica, praticar o multilateralismo genuíno, defender um mundo multipolar igual e ordenado e uma globalização econômica universalmente benéfica e inclusiva, e fazer maiores contribuições para salvaguardar e promover a paz, a estabilidade, o desenvolvimento e a prosperidade mundiais, acrescentou o porta-voz.