Rio de Janeiro, 25 jan (Xinhua) -- O governo brasileiro anunciou nesta sexta-feira que reduzirá as tarifas de importação de produtos alimentícios mais baratos do que os do mercado interno, como medida para reduzir a inflação de produtos primários.
"Se os preços dos alimentos no mercado internacional forem mais baixos do que no mercado interno, a tarifa de importação pode ser reduzida rapidamente, pois não há razão para termos preços acima do nível internacional em nosso mercado interno", disse o ministro da Casa Civil, Rui Costa, em entrevista à imprensa.
Costa coordenou nesta sexta-feira no Palácio do Planalto uma reunião multissetorial para tratar do aumento dos preços dos alimentos acima da inflação média no Brasil, um dos temas que segundo o ministro mais preocupa o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2024, a taxa de inflação oficial do Brasil foi de 4,83%, com um terço disso vindo do setor de alimentos e bebidas.
A inflação dos alimentos foi de 7,69% ao ano e os aumentos mais significativos foram na carne (20,8%), café moído (39,6%) e frutas (12,1%).
Costa disse que uma opção é permitir importações para que alimentos de outros países possam competir sazonalmente com aqueles que já estão em produção, e descartou uma política de fixação de preços ou controle nos supermercados.
"Desde que o presidente Lula assumiu o poder, ele se preocupa profundamente com os alimentos que chegam à mesa do povo brasileiro", acrescentou o ministro Costa.
Por sua vez, outro participante da reunião, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, disse que o governo continuará comprometido em promover o aumento da produção de alimentos no Brasil e a consequente estabilidade de preços.
Fávaro comentou que há expectativa de que a safra 2024/2025 seja recorde, o que levará a uma possível redução nos preços dos alimentos.