Porto de Chancay acelera rede de transporte e logística entre China e América Latina-Xinhua

Porto de Chancay acelera rede de transporte e logística entre China e América Latina

2025-03-18 10:59:30丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 18 mar (Xinhua) -- Com o funcionamento do porto de Chancay, litoral do Peru, a rede de logística e transporte entre a China e a América Latina estão se acelerando, beneficiando o intercâmbio pessoal e a eficiência logística entre os dois lados.

Em 5 de fevereiro, o novo serviço marítimo direto entre a China e a Colômbia foi inaugurado, ligando Shanghai a Buenaventura, o principal porto colombiano no Pacífico. A carga deve fazer uma escala no porto de Chancay antes de chegar ao país asiático, reduzindo notavelmente o tempo de transporte, segundo a operadora de rotas Cosco Shipping.

No mesmo mês, o Equador inaugurou uma rota marítima que liga Guayaquil a Shanghai via Chancay, com uma duração de 27 dias, a fim de promover as exportações, segundo o acordo comercial entre os dois países, que entrou em vigor no ano passado.

O porto Simón Bolívar, em Guayaquil, informou que produtos altamente sensíveis, como o camarão (devido à sua refrigeração) e as bananas, poderiam se beneficiar mais da redução do tempo de trânsito transcontinental.

No Brasil, o Programa Rotas da Integração Sul-americana do país prioriza a construção de um corredor logístico ligando o Brasil ao Porto de Chancay, criando um novo canal de exportação para a China.

"O Brasil está buscando ativamente investimentos para modernizar portos e ferrovias, incluindo uma ferrovia bioceânica conectando os centros de agronegócios brasileiros à costa do Pacífico do Peru, alavancando o Porto de Chancay, que é financiado por investimentos chineses", afirmou Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) em uma recente entrevista exclusiva à Xinhua.

Aproveitando as facilidades de Chancay, a China também abriu uma rota ferroviária-marítima que liga à cidade central de Wuhan com o porto sul-americano, cujo objetivo é facilitar o transporte de produtos industriais produzidos nas regiões central e ocidental do país ao exterior, como automóveis.

As mercadorias saem de Wuhan por ferrovias e chegam ao porto de Xiamen, sul da China, onde estão ligadas ao transporte marítimo e dirigem-se diretamente para Chancay.

Em 25 de fevereiro, o primeiro trem da linha Wuhan-Chancay partiu com 60 carros locais da marca Dongfeng. Espera-se economizar 12 dias de viagem e promover ainda mais a cooperação econômica e comercial entre as duas partes.

No final de fevereiro, o volume de carga transportada via rota marítima Chancay-Shanghai tem sido mais de 22 mil toneladas desde que entrou em pleno funcionamento em 18 de dezembro de 2024, e o valor total da carga atingiu 610 milhões de yuans (cerca de US$ 85,03 milhões), observou a alfândega de Shanghai.

Nos últimos anos, a China também abriu várias outras rotas aéreas e marítimas, facilitando a conexão entre a China e a América do Sul. Por exemplo, o porto de Gaolan em Zhuhai, sul da China, abriu uma rota marítima internacional ao Brasil em dezembro do ano passado; uma linha aérea de carga para comércio eletrônico transfronteiriço entre cidade chinesa Xiamen e São Paulo do Brasil foi inaugurada em 2023 e em dois anos registrou 474 voos de ida e volta, movimentando 33,2 mil toneladas de mercadorias e transportando 31,36 milhões de encomendas via comércio eletrônico transfronteiriço; o porto de Tianjin, no norte da China, abriu três novas rotas diretas que cobrem os principais portos do Pacífico e do Atlântico da América Latina; a China Southern Airlines oferece vôos diretos de Shenzhen para a cidade do México; a linha marítima de contêineres que liga o porto de Dalian, norte da China, ao oeste da América do Sul, entra em operação para conectar os principais portos da Colômbia, Equador e outros países; Nicarágua e China também abriram suas primeiras rotas marítimas diretas.

"Com o aumento do nível de conectividade entre a China e a América Latina, os intercâmbios econômicos e pessoais dos dois lados mostram uma grande demanda e enorme potencial, com grandes complementaridades," observou Wang Fei, pesquisador do Instituto da América Latina da Academia Chinesa de Ciências Sociais. 

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