Banco Central do Brasil reconhece arrefecimento da inflação, mas não dá sinais de corte na taxa de juros-Xinhua

Banco Central do Brasil reconhece arrefecimento da inflação, mas não dá sinais de corte na taxa de juros

2025-12-17 12:56:45丨portuguese.xinhuanet.com

Rio de Janeiro, 16 dez (Xinhua) -- A desaceleração gradual da atividade econômica continua e a inflação mostra sinais de arrefecimento, indicou nesta terça-feira o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil na ata de sua reunião da semana passada, na qual manteve a taxa básica de juros Selic em 15% ao ano.

Não obstante, a autoridade monetária não deu indícios de quando poderá iniciar um ciclo de cortes na taxa básica de juros, que está em seu nível mais alto em quase 20 anos.

O Copom avaliou que a economia está progredindo em uma trajetória de moderação e reconheceu "a queda da inflação corrente e a redução das expectativas de inflação".

Reafirmando uma postura cautelosa, o comitê disse que "permanecerá vigilante e, como de costume, não hesitará em retomar o ciclo de altas da taxa de juros se julgar apropriado".

Nesse contexto, o Comitê de Política Monetária (Copom) observou que, embora as expectativas de inflação tenham apresentado uma tendência de queda, elas ainda permanecem acima da meta oficial.

"As expectativas de inflação, medidas por diferentes instrumentos e obtidas de vários grupos de agentes econômicos, permanecem acima da meta em todos os horizontes temporais", afirmou.

As projeções para o índice de preços são de 4,4% em 2025 e 3,5% em 2026, ambas acima do ponto médio da meta anual de 3%.

A ata também ressalta que o cenário atual exige a manutenção de uma política monetária restritiva por um período prolongado.

"Em um ambiente de expectativas desancoradas, é necessário um maior aperto monetário, e por um período mais longo do que o considerado apropriado anteriormente", indicou.

Segundo o Copom, perseverança, firmeza e serenidade na condução da política monetária são essenciais para garantir que a inflação convirja para a meta com o menor custo possível para a economia. Em relação à atividade econômica, o Banco Central reiterou que uma desaceleração do crescimento faz parte de sua estratégia para conter a inflação, especialmente no setor de serviços.

O mercado financeiro permanece dividido quanto ao momento em que um ciclo de cortes na taxa Selic poderá começar. A maioria dos economistas estima que o primeiro ajuste para baixo não ocorrerá antes de março de 2026, quando a taxa poderá cair para 14,5% ao ano. 

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