Agente justo da paz por meio da diplomacia e do desenvolvimento -- O papel da China no Oriente Médio em 2025-Xinhua

Agente justo da paz por meio da diplomacia e do desenvolvimento -- O papel da China no Oriente Médio em 2025

2025-12-28 13:34:23丨portuguese.xinhuanet.com

Pessoas passam por um caminhão com suprimentos de ajuda humanitária fornecidos pela China à Faixa de Gaza via Egito, no Cairo, Egito, em 27 de novembro de 2023. (Xinhua/Sui Xiankai)

Cairo, 26 dez (Xinhua) -- No Oriente Médio, uma região há muito definida por conflitos, a China emergiu em 2025 como uma força mais visível em prol da estabilidade.

De Gaza à Cisjordânia, do Iêmen ao Irã e do Sudão ao Líbano, o engajamento da China com  a região é caracterizado por diplomacia de alto nível, ajuda humanitária e desenvolvimento de longo prazo.

Analistas dizem que a abordagem de Beijing, baseada no diálogo, no respeito mútuo e na construção de consenso, contrasta fortemente com as intervenções ocidentais tradicionais, abrindo novos caminhos para a cooperação regional.

Com 2025 chegando ao fim, há grandes expectativas de que, no novo ano, a abordagem pragmática e focada no consenso da China contribua para o avanço da confiança, da paz e do desenvolvimento em uma das regiões mais voláteis do mundo.

CONSTRUINDO CONSENSO ATRAVÉS DA DIPLOMACIA

A diplomacia chinesa no Oriente Médio, segundo analistas, é guiada pelo respeito mútuo e pelo consenso, em vez de condições impostas, o que a torna aceitável para atores regionais céticos em relação à mediação ocidental.

Essa abordagem se manifestou mais claramente no acordo de normalização de 2023 entre a Arábia Saudita e o Irã, um avanço diplomático que surpreendeu muitos observadores após anos de esforços regionais estagnados, e nas negociações de reconciliação de julho de 2024, realizadas em Beijing, entre representantes de 14 facções palestinas.

Praça da Amizade China-Palestina na cidade de Ramala, na Cisjordânia, em 26 de novembro de 2025. (Foto por Ayman Nobani/Xinhua)

Ao longo de 2025, a China articulou repetidamente sua posição nas Nações Unidas e em outras plataformas internacionais, defendendo um cessar-fogo abrangente em Gaza e a adesão contínua à solução de dois Estados. Sua firme defesa da justiça internacional oferece um contrapeso a abordagens excessivamente inclinadas a favor de um dos lados.

"A China atua como uma válvula de escape no Conselho de Segurança da ONU", disse Hassan Al-Daja, professor de estudos estratégicos da Universidade Al-Hussein Bin Talal, na Jordânia.

A China também aproveitou outras ocasiões, incluindo reuniões bilaterais e fóruns multilaterais, para manter a questão palestina como prioridade, em vez de marginalizá-la.

Abbas Zaki, membro do Comitê Central do Fatah e comissário para as relações sino-árabes, disse que a posição e as ações da China sobre a questão palestina são consideradas um exemplo construtivo na diplomacia internacional, enfatizando a construção de consensos e soluções de longo prazo.

PROMOVENDO A PAZ COM AÇÕES CONCRETAS

No começo de dezembro, a China prometeu 100 milhões de dólares americanos em ajuda à Palestina para auxiliar no alívio da crise humanitária em Gaza e apoiar a recuperação e a reconstrução.

Esse foi só mais um exemplo do apoio da China aos palestinos e a outros países afetados por crises no Oriente Médio, além de seu compromisso com a estabilidade regional.

Trabalhadores descarregam suprimentos humanitários enviados pela China para a Faixa de Gaza de um avião no aeroporto de Al-Arish, na província do Norte do Sinai, Egito, em 19 de abril de 2024. (Xinhua)

"A China tem desempenhado um papel visível no apoio ao desenvolvimento institucional e de infraestrutura da Palestina, ajudando a fortalecer as bases para um futuro Estado palestino", disse Suleiman Bsharat, analista político baseado em Ramala.

Em todo o Oriente Médio, projetos apoiados pela China nas áreas de transporte, energia e serviços públicos têm ajudado a atender às necessidades urgentes da população, ao mesmo tempo que reforçam a resiliência econômica a longo prazo. Esses esforços, segundo observadores, melhoram a vida das pessoas e reduzem a pressão social, mesmo quando soluções políticas permanecem difíceis de alcançar.

O investimento da China em desenvolvimento e infraestrutura em países afetados por crises ajuda a criar um ambiente favorável para a busca de soluções políticas eficazes, disse Khalid Haroub, professor de ciência política e analista político da Universidade Northwestern no Catar.

"O investimento da China em desenvolvimento e infraestrutura em países afetados por crises ajuda a criar um ambiente favorável para a busca de soluções políticas eficazes", disse Khalid Haroub, professor de ciência política e analista político da Universidade Northwestern no Catar. Os 22 estados árabes e a Liga Árabe endossaram a Iniciativa Cinturão e Rota (ICR), e as quatro principais iniciativas globais da China: a Iniciativa de Desenvolvimento Global, a Iniciativa de Segurança Global, a Iniciativa de Civilização Global e a Iniciativa de Governança Global, receberam amplo apoio em toda a região.

"A China é amplamente vista como uma pacificadora, e essa percepção não é acidental", disse Shraga Biran, chefe do Instituto de Reformas Estruturais de Israel.

"A China nunca buscou o desenvolvimento explorando outras nações ou vivendo de seus recursos, nem buscou vantagens geopolíticas por meio do caos", observou ele. "Essa abordagem consistente incentivou a confiança no Oriente Médio: a China não está contando histórias, mas oferecendo soluções realistas, pragmáticas e executáveis".

EXEMPLO PARA O ENGAJAMENTO REGIONAL

Ao longo do último ano, a China enfatizou consistentemente o respeito à soberania, defendendo a descentralização e a igualdade de direitos. O país tem se dedicado à escalada e ao diálogo, defendendo a equidade e a justiça em diversas questões do Oriente Médio.

Quando Israel e Irã trocaram ataques diretos em junho, a China pediu que a comunidade internacional intensificasse os esforços para promover negociações e reduzir as tensões. Em relação aos conflitos e crises no Mar Vermelho, Sudão e Líbano, Beijing sempre apela às partes envolvidas para que exerçam moderação e busquem soluções pacíficas.

Foto tirada em 11 de setembro de 2025 mostra reunião de emergência do Conselho de Segurança na sede da ONU em Nova York. (Xinhua/Xie E)

A postura justa da China em relação às questões do Oriente Médio e sua defesa consistente da paz e do desenvolvimento conquistaram genuíno apreço e apoio de países de toda a região.

Bsharat observou que a China conquistou o respeito de muitos atores regionais nos últimos anos, facilitando a cooperação por meio da Iniciativa Cinturão e Rota e aderindo a uma política de não interferência em assuntos internos.

"O envolvimento da China na mediação internacional reflete sua profunda compreensão da complexa situação da região", disse Haroub. "O país está empenhado em propor soluções práticas que atendam aos interesses de todas as partes, em vez de impor medidas unilaterais".

"A abordagem diplomática da China, baseada no diálogo, no equilíbrio e no respeito aos interesses de todas as partes, serve de exemplo para outros países e abre caminho para a estabilidade e o desenvolvimento da região nos próximos anos", acrescentou ele.

Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:

Telefone: 0086-10-8805-0795

Email: portuguese@xinhuanet.com