Nova York, 21 out (Xinhua) -- Dois pesquisadores estão pedindo aos prestadores de serviços de saúde que eduquem e examinem as mulheres grávidas sobre a violência do companheiro íntimo, visto que as mulheres nos Estados Unidos são mais propensas a serem assassinadas durante a gravidez ou pós-parto do que a morrer de causas obstétricas comuns, como hipertensão arterial, hemorragia ou sepse, informou a CNN nesta quinta-feira.
Os homicídios relacionados à gravidez estão frequentemente relacionados à violência doméstica e às armas de fogo, mas são evitáveis, escreveram Rebecca Lawn e Karestan Koenen da Harvard T.H. Chan School of Public Health em um editorial publicado na revista médica The BMJ.
A maioria das pessoas tende a pensar em causas clínicas de morte materna, tais como pré-eclâmpsia ou diabetes gestacional, mas o editorial de Lawn e Koenen fornece insights sobre a violência do companheiro íntimo como outra causa, disse Zenobia Brown, vice-presidente sênior de saúde da população e diretora médica associada da Northwell Health, uma rede de tratamento de saúde em Nova York.
Um estudo publicado em agosto na American Journal of Public Health constatou que os homicídios associados à gravidez nos Estados Unidos aumentaram substancialmente nos últimos anos, e o risco de homicídio foi 35% maior para mulheres grávidas e pós-parto do que para aquelas que não estão grávidas nem no pós-parto.
Os dados sobre mortes maternas relacionadas à violência do companheiro íntimo são muitas vezes insuficientes, mas o rastreamento pode ajudar, disse Kamila Alexander, professora associada da Johns Hopkins School of Nursing, observando que as mulheres negras correm maior risco de morte materna devido a homicídios do que as mulheres brancas e que o monitoramento dessas disparidades raciais é importante. Fim

