O cônsul-geral do Brasil em Shanghai, Marcelo Baumbach, discursa em uma coletiva de imprensa sobre o pavilhão de tecnologia e inovação do Brasil na 5ª Exposição Internacional de Importação da China, em Shanghai, leste da China, em 5 de novembro de 2022. (Xinhua/Wu Hao)

Por correspondente da Xinhua, Wu Hao

   Shanghai, 5 nov (Xinhua) -- O Brasil inaugurou neste sábado um pavilhão de tecnologia e inovação na Zona de Incubação de Inovação na 5ª Exposição Internacional de Importação da China (CIIE, em inglês), que percorre de 4 a 10 de novembro em Shanghai, leste da China.

   Este é a primeira vez que o Brasil tem uma área especial para suas empresas de alta tecnologia na CIIE. O país levou para a platéia chinesa 19 expositores brasileiros, incluindo a Suzano, a Weg e a Marcopolo e 16 startups. As empresas têm foco no desenvolvimento sustentável, atuando nos setores de novas energias, agricultura inteligente e redução de carbono, entre outros.

   O cônsul-geral do Brasil em Shanghai, Marcelo Baumbach, disse que a promoção da inovação adiciona mais uma camada à robusta relação econômica com a China.

   Em uma coletiva de imprensa realizada antes da abertura do pavilhão, o cônsul-geral afirmou que trabalhar juntos em inovação, especialmente com grandes países em desenvolvimento, é um objetivo de importância central para o Brasil garantir sua autonomia e controle sobre os recursos e meios de promoção do desenvolvimento.

   "O Brasil está profundamente conscientizado da importância da inovação e da tecnologia no desenvolvimento de um país. Nós precisamos caminhar muito ainda nessa área, e nós temos consciência de que a cooperação com a China vai nos ajudar muito", disse Baumbach, em uma entrevista à Xinhua.

   Com uma parceria com um país que tem tradicionalmente sido amigo e parceiro, o Brasil pode vencer muitas etapas nesse caminho, acrescentou.

   Luan Henrique, diretor-executivo (CEO) da Geoespaço, uma startup participante do pavilhão que usa geotecnologia e drones para coletar parâmetros geográficos e fornecer soluções para gestão de recursos naturais, agricultura inteligente e cidades inteligentes, disse que entrar no mercado chinês ajuda as startups a se envolverem.

   "A China é a maior referência de tecnologia", disse Henrique, acrescentando que, além do grande volume do mercado chinês, estar onde as melhores empresas estão ajuda as startups a desenvolver e elevar sua competitividade.

   A CIIE é a primeira exposição com tema de importação e a nível nacional no mundo. De 2018 a 2021, os expositores das quatro edições anteriores da CIIE lançaram mais de 1.500 novos produtos, tecnologias e serviços, com um faturamento total previsto superior a US$ 270 bilhões, segundo dados do Ministério do Comércio chinês.

   Segundo Baumbach, os resultados da CIIE têm sido muito palpáveis para os expositores brasileiros. A prova disso é que empresas do Brasil continuam vindo aqui para participar ano após ano.

   "Em um mundo cada vez mais dividido, precisamos de mais cooperação, mais laços e colaboração para enfrentar desafios que afetam a todos nós", destacou Baumbach.