Uma clínica de febre no Hospital Shengjing da Universidade Médica da China, em Shenyang, Província de Liaoning, nordeste da China, em 15 de dezembro de 2022. (Xinhua/Yang Qing)
Beijing, 20 dez (Xinhua) -- Instituições médicas e autoridades de saúde em toda a China estão exercendo esforço máximo para expandir a capacidade das clínicas de febre para lidar com um aumento de pacientes devido a infecções por COVID-19.
O súbito disparo de novas infecções recentemente colocou uma enorme pressão sobre os recursos médicos. Em meio à mudança de foco na estratégia de resposta à COVID do país, da prevenção de infecções para o tratamento de casos, a China está acelerando os esforços para estabelecer mais clínicas de febre.
Uma clínica improvisada de febre construída em um estádio foi colocada em serviço no distrito de Xicheng, em Beijing, em resposta à crescente demanda por serviços médicos oportunos.
A clínica improvisada, composta por profissionais médicos de vários hospitais públicos do distrito, tem quatro consultórios e está equipada com farmácias temporárias e armazenamento suficiente de medicamentos. Pacientes com febre podem ter um serviço de consulta rápida de um médico e obter o medicamento.
O número total de clínicas de febre em Beijing aumentou rapidamente de 94 para 1.263, incluindo as abertas em 960 instituições de saúde comunitárias, disse Tu Zhitao, diretor da administração municipal de medicina tradicional chinesa de Beijing, em entrevista coletiva nesta segunda-feira.
Durante o inverno, devido aos efeitos sobrepostos da gripe sazonal, os pacientes com doenças pulmonares, cardiovasculares e cerebrovasculares tornam-se mais vulneráveis e precisam mais cuidados médicos, colocando as instituições médicas sob grande pressão.
Em Harbin, capital da Província de Heilongjiang, no nordeste do país, os hospitais locais aumentaram suas clínicas de febre e salas de emergência e criaram clínicas especiais para pacientes com COVID-19 que precisam de cuidados para outras enfermidades.
O Primeiro Hospital Afiliado da Universidade Médica de Harbin expandiu para três o número de clínicas de febre. Ao mesmo tempo, a equipe médica do hospital recebeu treinamento sobre controle de infecções, autocuidado e outros tópicos.
O departamento de emergência do hospital tem registrado um aumento de 85% nas visitas de pacientes nos últimos dias, disse Yu Kaijiang, presidente do hospital, acrescentando que mais salas de emergência serão colocadas em uso, dependendo das necessidades reais.
Em Xi'an, Província de Shaanxi, pacientes com COVID-19 e sintomas relacionados têm acesso 24 horas a cuidados médicos, tanto presencialmente quanto online.
As clínicas de febre estão abertas 24 horas por dia no Segundo Hospital Afiliado da Universidade Jiaotong de Xi'an, que também oferece consultas online para COVID e gripe, entrega domiciliar de medicamentos e outros serviços para reduzir o tempo de espera dos pacientes e reduzir o risco de infecção cruzada.
Além disso, mulheres grávidas e pacientes com doenças de sangue ou outras doenças graves podem receber tratamento oportuno no hospital, onde os departamentos de obstetrícia e ginecologia, e os departamentos de infecção e hemodiálise de emergência estão abertos 24 horas por dia.
Hospitais em Shanghai simplificaram os procedimentos para diagnosticar e tratar crianças com sintomas de COVID-19. Pacientes menores de idade podem completar testes de antígeno, ácido nucleico e exames de sangue de rotina na clínica de febre do Hospital Infantil da Universidade de Fudan, economizando tempo de consulta médica.
Em Suzhou, Província de Jiangsu, leste do país, cabines obsoletas de teste de ácido nucleico foram reaproveitadas em estações de tratamento de febre. Graças a tais clínicas temporárias, pacientes febris levam apenas 10 minutos para consultar um médico e obter medicamentos.
Atualmente, existem 1.035 clínicas do tipo na cidade, capazes de receber mais de 80 mil pacientes diariamente.
Como a primeira linha de defesa para a saúde pública, as instituições de saúde nas comunidades estão desempenhando um papel ativo em tornar os serviços médicos mais acessíveis e convenientes, de acordo com Nie Chunlei, funcionário da Comissão Nacional de Saúde.
Espera-se que, até março de 2023, cerca de 90% dos centros de saúde a nível de vilas tenham clínicas de febre, acrescentou Nie.