O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, que também atuará como ministro do Comércio, leu seu discurso de posse no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, em 4 de janeiro de 2023. (Xinhua/Lúcio Távora)
Rio de Janeiro,4 jan (Xinhua) -- O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quarta-feira, ao assumir também o ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que a reindustrialização do país é essencial para a criação de empregos e o crescimento sustentável.
Durante a solenidade, única posse ministerial do novo governo assistida pelo presidente Lula, ele criticou o 'descaso' com o setor ocorrido no governo Bolsonaro.
"Depois de quatro anos de descaso, o presidente Lula, com acerto, determinou a criação desse ministério, como medida fundamental para o Brasil retomar o caminho do desenvolvimento, como ocorreu em seus governos bem-sucedidos", afirmou.
"O Brasil não pode prescindir da indústria para impulsionar o crescimento e se desenvolver socialmente. Ou retoma o programa de desenvolvimento industrial ou o país não retomará o caminho do desenvolvimento sustentável", ressaltou.
Alckmin fez um retrospecto da participação da área industrial na economia brasileira e afirmou que, durante a década de 1980, se excluídas as indústrias extrativas, as fábricas correspondiam a cerca de 20% do PIB, fatia reduzida para 11,3% em 2020.
"Entre 1980 e 2020, a indústria dos Estados Unidos mais do que dobrou de tamanho; a do mundo, ficou três vezes maior; a da China, 47 vezes maior. Mas a do Brasil, cresceu apenas 20%", lamentou.
O novo ministério recria a pasta, extinta no governo Bolsonaro, que incluiu suas atividades no superministério da Economia, comandado nos últimos quatro anos por Paulo Guedes.

