A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, fala durante sua cerimônia de posse no Palácio do Planalto em Brasília, Brasil, em 4 de janeiro de 2023. (Xinhua/Lúcio Távora)
Rio de Janeiro,4 jan (Xinhua) -- Marina Silva, uma das personalidades mais conhecidas internacionalmente por sua defesa das causas ambientais, assumiu nesta quarta-feira o ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas do Brasil.
A ambientalista retorna ao cargo que comandou entre 2003 e 2008, também durante os governos do presidente Lula, de quem se distanciou e voltou a se aproximar durante a campanha eleitoral do ano passado.
A cerimônia realizada no Palácio do Planalto foi a posse ministerial mais concorrida, lotando as instalações, e contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, da primeira-dama Janja da Silva e do ministro da Casa Civil, Rui Costa, entre outras autoridades.
Em seu discurso, Marina Silva reafirmou a intenção do governo brasileiro de voltar a ocupar um lugar de liderança na área e fez duras críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), seus ministros e outras autoridades responsáveis pela área ambiental.
"Este palácio foi cenário de vários atos contra o meio ambiente, contra interesses estratégicos do Brasil. O que vivemos nesses últimos quatro anos foi de uma completa falta de respeito ao patrimônio socioambiental brasileiro", enfatizou.
Durante o pronunciamento, a ministra lembrou também de personalidades que morreram em defesa do meio ambiente no país, como Chico Mendes, Irmã Dorothy, Bruno Pereira e Dom Philips. "Quero homenageá-los. Infelizmente, são símbolos tristes deste período recente", disse.
Marina explicou que a mudança no nome do ministério, que até agora se chamava apenas Meio Ambiente e teve adicionado Mudanças Climáticas, se deve à urgência do tema no mundo.
A ministra anunciou ainda diversas alterações na estrutura da pasta, com a criação das secretarias de Controle do Desmatamento, Bioeconomia, Gestão Ambiental Urbana, de Povos e Comunidades Tradicionais, além da Autoridade Nacional de Mudança Climática, que terá o status de autarquia e deve ser lançada até março. Fim

