Nova Ministra do Planejamento do Brasil, Simone Tebet, fala durante sua cerimônia de posse no Palácio do Planalto em Brasília, Brasil, em 5 de janeiro. (Xinhua/Lúcio Távora)

   Rio de Janeiro, 5 jan (Xinhua) -- A senadora e ex-candidata à presidência do Brasil, Simone Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) assumiu nesta quinta-feira como Ministra do Planejamento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

   Tebet ficou em terceiro lugar no primeiro turno das eleições gerais de outubro, com 4,16% dos votos válidos e no segundo turno apoiou a candidatura de Lula que derrotou o então presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro.

   Responsável pela execução do Orçamento e a elaboração de políticas públicas, o ministério do Planejamento foi recriado por Lula já que no governo anterior estava incluído no Ministério da Economia.

   Em seu discurso de posse, Simone Tebet afirmou que os pobres serão tratados com prioridade no orçamento público.

    "A primeira infância, idosos, mulheres, povos originários, pessoas com deficiência, LGTBQIA+. Passou da hora de dar visibilidade aos invisíveis. Tem de abarcar todas essas prioridades, sem deixar de ficar de olho na dívida pública", afirmou.

    "Nosso papel, sem descuidar da responsabilidade fiscal, da qualidade dos gastos públicos, é colocar o brasileiro no orçamento", acrescentou.

    Tebet agradeceu a Lula pela escolha e ressaltou que estava assumindo um dos ministérios mais importantes do governo.

   "Gratidão a Deus, ao presidente Lula pela confiança absoluta em entregar a mim uma das pastas mais importantes, relevantes do governo, do seu governo, do nosso governo, governo do PT e da frente ampla democrática. O Ministério do Planejamento trata do futuro, mas também do presente", disse.

   A ministra anunciou também que a Secretaria de Monitoramento e Avaliação das Políticas Públicas fará parte de sua pasta e que trabalhará  em parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) avaliando o custo-benefício das políticas públicas para evitar desperdício de dinheiro. "Pior do que gastar dinheiro é gastar mal", afirmou.

   Tebet também fez duras críticas à gestão anterior, do presidente Jair Bolsonaro. "Em retirada, o capitão e sua tropa deixaram para trás sementes de destruição. Com o presidente Lula e a frente ampla, vamos avançar, plantar boas sementes, porque o Brasil sempre foi terra fértil", disse.