(Multimídia) Pesquisas sobre amostras lunares da Chang'e-5 têm resultados frutíferos-Xinhua

(Multimídia) Pesquisas sobre amostras lunares da Chang'e-5 têm resultados frutíferos

2023-01-19 11:44:15丨portuguese.xinhuanet.com

Funcionário limpa superfície do contêiner carregado com amostras lunares trazidas pela sonda Chang'e-5 em Beijing, em 17 de dezembro de 2020. (Xinhua/Jin Liwang)

   Beijing, 18 jan (Xinhua) -- Mais de 50 resultados da pesquisa sobre as amostras lunares trazidas pela missão Chang'e-5 foram publicados em revistas acadêmicas notáveis na China e no exterior, levando a pesquisa científica lunar da China à vanguarda internacional, declarou a Administração Espacial Nacional da China (CNSA, na sigla em inglês).

   Mais de 150 cientistas e pesquisadores participaram do primeiro Seminário de Resultados da Pesquisa de Amostras Lunares Chang'e-5, realizado pela CNSA na segunda-feira. Eles discutiram temas que vão desde as características das amostras do solo lunar Chang'e-5, a história das atividades vulcânicas lunares, impactos de meteoritos na superfície lunar e intemperismo espacial até as novas técnicas para análise de amostras extraterrestres, etc.

   Em 2020, a missão Chang'e-5 da China recuperou amostras da Lua pesando cerca de 1.731 gramas, sendo as primeiras amostras lunares recuperadas em mais de 40 anos.

   Depois que o primeiro lote foi entregue aos cientistas chineses em 12 de julho de 2021, 65,1 gramas de amostras lunares foram distribuídas para unidades de pesquisa em cinco lotes, informou a CNSA.

   Os especialistas participantes do seminário concordaram que o fórum não apenas forneceu uma oportunidade valiosa para os pesquisadores trocarem ideias, mas também ofereceu uma plataforma para a exibição de resultados importantes das pesquisas científicas, que promoverão e facilitarão ainda mais o desenvolvimento da pesquisa e exploração científica lunar na China.

   De acordo com a CNSA, um dos resultados de pesquisa mais notáveis sobre as amostras lunares é sobre a história das erupções vulcânicas na região de pouso da Chang'e-5, publicada em outubro de 2021 em três artigos da (revista) Nature.

   Na pesquisa, uma equipe do Instituto de Geologia e Geofísica (IGG), da Academia Chinesa de Ciências, datou a rocha mais jovem da Lua com cerca de 2 bilhões de anos de idade, estendendo a "vida" do vulcanismo lunar 800 a 900 milhões de anos a mais do que se sabia anteriormente.

   No estudo a seguir, publicado um ano depois na revista Science Advances, cientistas chineses revelaram ainda mais como o vulcanismo ocorre na Lua.

   Os pesquisadores do IGG propuseram um novo mecanismo de como os vulcões jovens tomaram forma na Lua que arrefecia, há 2 bilhões de anos. Eles descobriram que a depressão do ponto de fusão do manto devido à presença de componentes fusíveis e facilmente derretíveis poderia gerar um vulcanismo lunar jovem.

   A CNSA apontou que além de explorar erupções vulcânicas na Lua, os cientistas chineses também obtiveram progressos na pesquisa de minerais lunares.

   Em setembro de 2022, os cientistas chineses anunciaram que descobriram um novo mineral lunar por meio de pesquisas nas amostras lunares.

   É o primeiro novo mineral descoberto na Lua pela China e o sexto pela humanidade. A nova descoberta torna a China o terceiro país do mundo a descobrir um novo mineral na Lua.

   O novo mineral, que recebeu o nome de Changesite-(Y), é um tipo de cristal colunar transparente incolor. Foi descoberto a partir de uma análise de partículas de basalto lunar por uma equipe de pesquisa do Instituto de Pesquisa de Geologia de Urânio de Beijing, uma subsidiária da China National Nuclear Corporation.

   Segundo a CNSA, os cientistas chineses também encontraram pistas sobre os recursos hídricos da Lua por analisar as amostras lunares.

   Em um estudo publicado em dezembro de 2022 na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, cientistas do Centro Nacional de Ciência Espacial e do IGG, ambos subordinados à Academia Chinesa de Ciências, revelaram que os grãos do solo lunar retêm mais água implantada pelo vento solar na região de latitude média do que se pensava anteriormente.

   Os cientistas também previram muitos recursos hídricos para utilização nas regiões de alta latitude da Lua.

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