O ministro chinês das Relações Exteriores da China, Qin Gang, participa de uma entrevista coletiva sobre a política externa e as relações exteriores à margem da primeira sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional em Beijing, capital da China, em 7 de março de 2023. (Xinhua/Li Xin)

   Beijing, 7 mar (Xinhua) -- A China não forneceu armas para nenhum dos lados do conflito na Ucrânia, disse o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, nesta terça-feira.

   A China não é o criador da crise, nem uma parte diretamente envolvida. "O que a China fez para merecer ser culpada, ou mesmo sancionada e ameaçada? Isso é absolutamente inaceitável", disse Qin em uma coletiva de imprensa à margem da sessão legislativa anual da China.

   Chamando a crise da Ucrânia de uma tragédia que poderia ter sido evitada, Qin disse que é, em essência, uma erupção dos problemas acumulados na governança de segurança da Europa.

   A China sempre faz seu próprio julgamento de forma independente com base nos méritos da questão, disse Qin.

   A China escolhe a paz em vez da guerra, o diálogo em vez de sanções e o arrefecimento da situação em vez de alimentar as chamas, acrescentou.

   Observando que os esforços para as negociações de paz têm sido repetidamente prejudicados, Qin disse que parece haver "uma mão invisível" pressionando pela protração e escalada do conflito e usando a crise da Ucrânia para servir a certa agenda geopolítica.

   Enfatizando que o conflito, as sanções e a pressão não resolverão o problema, Qin disse que o que é necessário é calma, razão e diálogo.

   O processo de negociações de paz deve começar o mais rápido possível, disse ele.