O projeto Sustenta Carnaval nasceu da observação de Mariana Pinho, uma brasileira radicada em Londres, e visa a coleta, revenda e reutilização de fantasias e adereços descartados durante o Carnaval.

   Mariana, hoje em parceria com Joel Santos, aposta no pioneirismo ao retirar dos aterros sanitários, durante os quatro dias do carnaval, 23 toneladas de resíduos têxteis. "Uma vitória socioambiental, levando-se em conta que uma fantasia ou adereço, confeccionados em sua maioria de materiais sintéticos, podem levar mais de 400 anos para se decomporem completamente".

   Os materiais coletados do lixo, passam por um processo de lavagem, limpeza e catalogação antes de ficarem disponíveis para venda. Como era de se esperar, os maiores interessados têm sido grupos culturais, tanto do Brasil, quanto do exterior.

   Ao ressignificar materiais o projeto Sustenta Carnaval se conecta aos 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU e passa a fazer parte de um movimento global forte e amplo para acelerar a restauração e colocar o mundo no caminho de um futuro sustentável. O carnaval, a maior festa popular do Brasil e uma das maiores do mundo, não poderia ficar de fora da Década das Nações Unidas da Restauração de Ecossistemas.

   Vale lembrar ainda que os apoios da Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa, da Secretaria Municipal de Ambiente e Clima e da Escola de Samba Vizinha Faladeira estão sendo vitais para o sucesso do projeto, afirma Mariana.