Comentário da Xinhua: Relações mais estreitas China-Rússia são vitais para construção de um mundo multipolar-Xinhua

Comentário da Xinhua: Relações mais estreitas China-Rússia são vitais para construção de um mundo multipolar

2023-03-23 10:45:15丨portuguese.xinhuanet.com

Beijing, 23 mar (Xinhua) -- Enquanto o presidente chinês, Xi Jinping, viajou para a Rússia em uma visita de Estado, alguns políticos e meios de comunicação ocidentais estão propagando as alegações de que a China está ao lado da Rússia em relação à crise na Ucrânia.

No entanto, é desnecessário que o Ocidente seja cético em relação aos laços mais próximos China-Rússia. A China deixou sua posição muito clara de que as relações China-Rússia não são o tipo de aliança político-militar durante a Guerra Fria, mas transcendem esse modelo tão antigo de relações entre Estados e têm a natureza de não-aliança, não-confrontação e não ter como alvo terceiros, de acordo com a última declaração conjunta divulgada pela China e pela Rússia sobre o aprofundamento de sua parceria estratégica abrangente de coordenação para a nova era.

A China também reiterou sua posição sobre a questão da Ucrânia. Mantendo uma posição objetiva e imparcial baseada na consideração cuidadosa dos fatos, a China está pronta para continuar a desempenhar um papel construtivo na promoção da solução política da crise da Ucrânia e promoverá ativamente as negociações de paz como a única solução viável. A mais recente reconciliação Irã-Arábia Saudita é o testemunho mais forte dos esforços diplomáticos da China em direção à paz.

De fato, caracterizando confiança mútua, coexistência pacífica e cooperação de ganhos recíprocos, a relação entre a China e a Rússia é um bom exemplo do novo modelo de relações entre grandes países.

Como vizinhos e grandes atores globais, a China e a Rússia têm muitas razões para manter um desenvolvimento estável e saudável de suas relações. Suas interações passadas inspiraram ambos os lados a defender a igualdade e o respeito mútuo em seu relacionamento com a não interferência nos assuntos internos um do outro e o apoio mútuo no seguimento de um caminho de desenvolvimento adequado às respectivas realidades nacionais em seu núcleo.

Beneficiando-se da confiança mútua política bilateral de alto nível, os dois vizinhos não apenas administraram efetivamente as diferenças, mas também uniram forças para garantir a paz e a estabilidade regionais e internacionais para o desenvolvimento comum por meio da cooperação bilateral e da coordenação multilateral dentro da Organização de Cooperação de Shanghai, do BRICS e de outras estruturas internacionais.

No entanto, olhando a oeste, a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), dominada por Washington, alimentou a desconfiança entre a Europa e a Rússia. As sementes da discórdia semeadas por Washington finalmente se tornaram o pior conflito na Europa desde 1945.

A causa profunda da crise da Ucrânia é a expansão da OTAN, e "os russos estão reagindo à tentativa do Ocidente de tornar a Ucrânia um baluarte ocidental na fronteira da Rússia", disse John Mearsheimer, professor de ciência política da Universidade de Chicago.

Parece que os tomadores de decisão em Washington não podem abandonar a mentalidade de soma zero da Guerra Fria. Eles estão tentando enquadrar o mundo na pseudo-proposição de "democracia versus autocracia", enquanto sua própria democracia está profundamente perturbada dentro de casa.

Eles também estão se esforçando muito para formar grupos e impor sua ideologia aos outros, mesmo punindo seus próprios aliados ou tentando derrubar alguns governos através de "revoluções coloridas", de modo a suprimir as diferenças e a manter sua hegemonia global, resultando em revoltas em todo o mundo.

A China e a Rússia, juntamente com a maior parte do mundo em desenvolvimento, compartilham a necessidade e a motivação para salvaguardar o sistema internacional centrado na ONU, um mundo multipolar, uma maior democracia nas relações internacionais e os valores comuns da humanidade - paz, desenvolvimento, equidade, justiça, democracia e liberdade.

Para o mundo em desenvolvimento, disse Abdoul Karim Drame, colunista político maliano e especialista em geopolítica, espera-se que o fortalecimento das relações China-Rússia promova o desenvolvimento de um mundo multipolar, o que permitirá que os países africanos afirmem melhor sua soberania, beneficiando-se de relações internacionais mais equilibradas que respeitem as escolhas políticas e econômicas de cada nação.

Os velhos tempos de um mundo unipolar já se foram há muito tempo. A política de poder e as ambições hegemônicas pertenciam à era da Guerra Fria e não ao mundo de hoje, que está se tornando inevitavelmente multipolar e cada vez mais diversificado.

Para alcançar um mundo com paz duradoura, segurança universal e prosperidade comum é necessário que todos os países do mundo embarquem num novo caminho. Beijing, Moscou, juntamente com o ascendente Sul Global, estão trabalhando duro nisso. 

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