Crimes dos EUA contra o Iraque continuam impunes após 20 anos da invasão-Xinhua

Crimes dos EUA contra o Iraque continuam impunes após 20 anos da invasão

2023-03-23 14:03:45丨portuguese.xinhuanet.com

Pessoas seguram cartazes contra guerras e balançam bandeiras iraquianas durante protesto em Bagdá, Iraque, no dia 24 de maio de 2019 (Xinhua/Khalil Dawood)

Durante a guerra de mais de oito anos e os anos de violência que se seguiram após a retirada dos EUA em 2011, mais de 200.000 civis foram mortos e mais de 9 milhões de pessoas foram deslocadas no Iraque. Grande parte da infraestrutura do país também foi destruída durante os bombardeios implacáveis lançados pela coalizão liderada pelos Estados Unidos.

Bagdá, 21 mar (Xinhua) -- Embora 20 anos tenham se passado desde que os Estados Unidos lançaram uma invasão flagrante ao estado soberano do Iraque, a justiça não foi feita para o país e seu povo, sendo que muitos ainda sofrem com a dor da guerra injusta.

Durante a guerra de mais de oito anos e os anos de violência que se seguiram após a retirada dos EUA em 2011, mais de 200.000 civis foram mortos e mais de 9 milhões de pessoas foram deslocadas no Iraque. Grande parte da infraestrutura do país também foi destruída durante os bombardeios implacáveis lançados pela coalizão liderada pelos Estados Unidos.

Com isso, o Iraque, um país rico antes da invasão, degenerou rapidamente em um estado pobre e ainda está atolado na pobreza e no caos devido à instabilidade política e dificuldades econômicas causadas pela invasão dos EUA e seu impacto.

O governo dos EUA justificou sua invasão ao Iraque com mentiras inventadas sobre o país ter armas de destruição em massa, mas não encontraram uma vestígio dessas armas até hoje. Sobre isso, Washington deve ao Iraque e à comunidade internacional uma explicação completa.

O Iraque não recebeu pedidos de desculpas formais de Washington por sua invasão ilegal, nem teve qualquer compensação financeira pela destruição maciça da infraestrutura e pelos crimes cometidos pelas tropas americanas contra civis iraquianos.

Enquanto isso, nenhum daqueles em Washington que tomaram a decisão de invadir um estado soberano em flagrante violação da Carta das Nações Unidas foi levado à justiça. Nenhum daqueles que encorajaram ou cometeram crimes de guerra hediondos contra civis no Iraque foi realmente processado.

Pior ainda, se aqueles que cometeram crimes como invadir um país soberano pudessem escapar de qualquer punição, eles os repetiriam continuamente. Enquanto os Estados Unidos continuarem com suas políticas hegemônicas e beligerantes, o mundo nunca terá paz.

Foto tirada no dia 17 de junho de 2021 mostra prédio do Capitólio dos EUA em Washington, D.C., Estados Unidos. (Xinhua/Liu Jie)

Realmente, com os crimes anteriores impunes, os Estados Unidos se consideram acima da carta da ONU e de outras normas que orientam a ordem internacional. Assim, Washington é sempre tentado a repetir tais crimes para seus próprios interesses, como foi mostrado em seu lançamento de ataques aéreos contra a Líbia e a Síria não muito depois da Guerra do Iraque.

Até os dias de hoje, os políticos americanos insistem que invadir o Iraque e derrubar o governo foi correto. Washington ainda ameaça prontamente usar a força para interferir nos assuntos internos de qualquer outro país que se recuse a obedecer às suas ordens. O mundo continua vivendo sob a sombra da guerra e da insegurança.

A história provou que, embora se declarem "amantes da paz", os Estados Unidos são na verdade um "império de guerra". Desde a sua fundação em 1776, o país esteve em guerra por 93% da sua existência. Até o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, admitiu que os Estados Unidos são, sem dúvida, a nação mais guerreira da história.

Embora pouco possa ser feito para levar os belicistas e criminosos americanos à justiça por enquanto, porque os Estados Unidos continuam sendo a única superpotência, acredita-se que o momento da reparação ainda chegará.

A justiça pode tardar, mas ainda será feita.

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