Arqueólogos exibem crânio fossilizado desenterrado de sítio do período paleolítico em Shiyan, Província de Hubei, no centro da China. (Xinhua)

   Beijing, 29 mar (Xinhua) -- A China divulgou uma lista das 10 principais descobertas arqueológicas de 2022 nesta terça-feira.

   Um sítio que data do período Paleolítico e que inclui ruínas de antigos humanos, animais e objetos de pedra escavados na Província de Hubei, no centro da China, está na lista. Neste local, arqueólogos descobriram um crânio fossilizado, que é considerado como o espécime de Homo erectus mais intacto de sua época encontrado no interior da Eurásia.

   Entre a lista está um antigo local hominídeo descoberto na aldeia de Zhaojiaxuyao, na Província de Shandong, no leste da China. A descoberta ajudou a preencher a lacuna no estudo das ruínas humanas pré-históricas na região, fornecendo evidências-chave sobre a transição significativa da Era Paleolítica para a Era Neolítica no norte da China.

   O local das relíquias de Bicun, desenterrado na cidade de Lyuliang, na Província de Shanxi, no norte da China, era uma cidade de pedra com paredes internas e externas que datam de aproximadamente 2000 a.C. Os achados mostraram a integração cultural entre o norte e a área central da planície.

   As ruínas de uma cidade antiga encontradas no local das relíquias de Erlitou, na Província de Henan, no centro da China, apresentavam uma grade de ruas, um complexo palaciano, oficinas e túmulos reais. Os arqueólogos disseram que o estudo das ruínas oferece uma referência valiosa para estudar o desenho de outras cidades antigas do período pré-Qin (antes de 221 a.C.).

   Também na lista está uma nova descoberta nas Ruínas Yin, remanescentes da capital do final da dinastia Shang (1600 a.C.-1046 a.C.), nos subúrbios de Anyang, em Henan. Fossos circulando um mausoléu real foram descobertos, e espera-se que avancem a pesquisa sobre o sistema de mausoléu na dinastia Shang, bem como a cultura e a história da dinastia.

   Mais relíquias foram escavadas no local das relíquias de Xitou, na cidade de Xianyang, na Província de Shaanxi, noroeste da China. As relíquias, como edifícios e celeiros, servem como novas evidências para estudar as funções e estruturas das cidades das dinastias Shang e Zhou (1600 a.C.-256 a.C.).

   Arqueólogos descobriram mais de 4.000 peças ou conjuntos de relíquias, principalmente utensílios domésticos e ornamentos, de 2.192 túmulos no túmulo de Dasongshan, em Guizhou. O complexo de túmulos em grande escala esclarece a vida, o comércio e a fé das antigas minorias étnicas no sudoeste da China.

   Mais de 16.300 relíquias culturais foram descobertas no local do templo de Gucheng, no nordeste da Província de Jilin, que contém dois antigos templos budistas. A escavação arqueológica é vital para o estudo da cultura budista desde as dinastias do sul e do norte (420-589) até a dinastia Tang (618-907).

   A Ponte Zhouqiao e o local de relíquias do rio Bianhe nas proximidades, na Província de Henan, lançaram luz sobre a evolução da antiga cidade chinesa de Kaifeng ao longo de um período de cerca de 1.000 anos. A Ponte Zhouqiao foi construída através do Grande Canal, uma vasta hidrovia que ligava as partes norte e sul da China, entre os anos de 780 e 783, durante a dinastia Tang. A ponte era uma estrutura de referência no eixo central de Kaifeng.

   Um antigo local portuário na cidade de Wenzhou, Província de Zhejiang, inclui os restos de cais, navios afundados e um grande número de relíquias de porcelana que remontam às dinastias Song e Yuan (960-1368). As descobertas provam que o porto de Wenzhou era um local importante para o comércio marítimo desde as dinastias Song e Yuan e desempenhou um papel vital na Rota da Seda marítima.

Poço sacrificial das Ruínas Yin que remonta à dinastia Shang (1600 a.C.-1046 a.C.), nos subúrbios a noroeste de Anyang, Província de Henan, no centro da China. (Arquivo/Xinhua)

Utensílios de porcelana descobertos no sítio arqueológico do antigo porto de Shuomen, em Wenzhou, Província de Zhejiang, leste da China. (Xinhua)