Luanda, 4 mai (Xinhua) -- Angola pretende privatizar mais 73 ativos e empresas até 2026, iniciando este ano com a venda de quatro companhias, incluindo a Empresa Nacional de Seguros de Angola (ENSA) e o principal fornecedor de telecomunicações.
O anúncio foi feito pelo secretário de Estado para as Finanças e Tesouro de Angola, Ottoniel dos Santos, em uma coletiva de imprensa sobre a privatização de ativos e empresas estatais realizada na quarta-feira em Luanda, capital do país.
Ao apresentar a prorrogação do Programa de Privatizações (Propriv) 2023-2026, o oficial afirmou que o processo de privatização da ENSA e da Unitel, o principal prestador de serviços de telecomunicações, começará este ano, juntamente com a TV Cabo, um fornecedor de serviços de televisão e internet, e o Banco de Fomento de Angola (BFA), um banco comercial.
O processo de privatização das ações do Estado na Endiama, a empresa nacional de diamantes, na Sonangol, a petrolífera estatal, e na Bodiva, a bolsa de valores do país, será lançado através de uma oferta pública inicial de ações no próximo ano. O governo também planeja privatizar a TAAG, companhia aérea de bandeira estatal de Angola, e a Aldeia Nova, um projeto de desenvolvimento agrícola, em 2024.
Segundo a ministra das Finanças angolana, Vera Daves de Sousa, os contratos assinados no âmbito da primeira fase do Propriv atingiram 953,97 bilhões de kwanzas angolanos (US$ 1,87 bilhões), tendo o Estado embolsado 568,77 bilhões de kwanzas até agora. Esse valor resultou da privatização de 92 ativos e empresas estatais.
A ministra disse que as autoridades angolanas ficaram satisfeitas com os resultados alcançados na primeira fase do Propriv, que decorreu de 2019 a 2022.
Patrício Bicudo Vilar, presidente do Conselho de Administração do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado, explicou que a primeira fase do programa abrangeu 178 ativos e empresas estatais, dos quais 92 foram privatizados com sucesso, representando uma taxa de sucesso de 62%.