Observatório Econômico: "Diálogo soja-milho" vê estreita cooperação agrícola entre China e Benin-Xinhua

Observatório Econômico: "Diálogo soja-milho" vê estreita cooperação agrícola entre China e Benin

2023-09-04 12:23:49丨portuguese.xinhuanet.com

Visitantes na 13ª edição da Feira de Produtos Chineses em Cotonou, Benin, no dia 21 de agosto de 2023. (Foto por Seraphin Zounyekpe/Xinhua)

"A soja, o abacaxi e outros produtos beninenses entraram no mercado chinês devido às convenientes políticas alfandegárias da China, proporcionando oportunidades de desenvolvimento ao Benin e a muitos países africanos".

Beijing/Cotonou, 2 set (Xinhua) -- Nas terras do departamento de Oueme, sudeste do Benin, o milho chinês prospera sob o sol; em uma fábrica de produção de óleo de soja na China, os trabalhadores processam, de forma organizada, sementes de soja importadas do Benin.

Conforme a cooperação entre a China e a África continua se aprofundando e fortalecendo, a cooperação agrícola entre a China e o Benin também aumenta, com um "diálogo" entre a soja e o milho ligando estreitamente os dois países.

Em 2022, o volume do comércio bilateral atingiu 1,95 bilhão de dólares americanos, um aumento de 33,7% em relação ao ano anterior. Naquele ano, a China era a segunda maior fonte de importações e o terceiro maior destino das exportações do Benin, segundo dados do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China e da embaixada chinesa no Benin.

Agricultora agrupa cebolas colhidas em Ouidah, Benin, no dia 14 de setembro de 2020. (Foto por Seraphin Zounyekpe/Xinhua)

 

MERCADO CONFIÁVEL

"Não quero só ver um aumento na minha produção em cada temporada agrícola, mas também vender todos os meus produtos no mercado, seja ele nacional, regional ou internacional", disse em uma entrevista por telefone à Xinhua, Alidou Ayouba, produtor de soja em Bante, cidade localizada a aproximadamente 450 km a noroeste de Cotonou, capital econômica do Benin.

"Se o governo beninense conseguir encontrar um mercado confiável, especialmente na China, ficaremos muito felizes", acrescentou ele.

Em setembro de 2019, a China e o Benin assinaram um protocolo sobre a exportação de soja beninense para a China. Em julho de 2020, o primeiro lote de soja beninense chegou a um porto na província chinesa de Jiangsu. Em 2022, o Benin exportou mais de 210.000 toneladas de soja para a China, representando mais de 60% do total das suas exportações.

Orou-Yerima, especialista do Ministério da Economia e Finanças do Benin, disse que nos últimos anos os produtos africanos se popularizaram cada vez no mercado chinês.

"A soja, o abacaxi e outros produtos beninenses entraram no mercado chinês devido às convenientes políticas alfandegárias da China, proporcionando oportunidades de desenvolvimento ao Benin e a muitos países africanos", disse ele na terceira Exposição Econômica e Comercial China-África, realizada recentemente em Changsha, capital da província chinesa de Hunan.

Agricultores vendem tomates em mercado em Ouidah, Benin, no dia 7 de setembro de 2020. (Foto por Seraphin Zounyekpe/Xinhua)

 

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

O Benin tem mais de 6,5 milhões de agricultores, representando 54,8% da sua população total. O censo agrícola nacional de 2019 mostrou que quase 80% desses agricultores cultivaram milho naquele ano. No entanto, o atraso das tecnologias e a falta de canais de comercialização têm sido um obstáculo para a produção de milho no país há muito tempo.

Em setembro de 2010, o Centro Piloto Agrícola China-Benin foi lançado na cidade de Seme-Kpodji, na província de Oueme, com o objetivo de ajudar o Benin a superar as dificuldades tecnológicas. O centro introduziu rapidamente 10 variedades diferentes de milho chinês no Benin e concluiu experiências em campos de ensaio locais. Em 2014, três das variedades de maior rendimento foram fornecidas aos agricultores locais para cultivo geral.

No mês passado, uma sessão de formação sobre tecnologia de milho de alto rendimento, organizada pelo governo chinês e realizada pelo Centro Internacional de Formação de Alta Tecnologia Longping da China, foi realizada no Benin. Os agricultores beninenses que participaram na formação falaram com especialistas chineses no local e através de seminários, trocando conhecimentos técnicos profissionais sobre o cultivo de milho, como seleção de sementes, plantação, produção de fertilizantes orgânicos e controle de pragas e doenças.

Adolphe Adjanohoun, diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola do Benin, elogiou os especialistas chineses, valorizou o milho chinês e pediu a ambos os lados que continuem fortalecendo a cooperação tecnológica no cultivo do milho a fim de ajudar a resolver o problema de segurança alimentar do Benin.

 

BENEFÍCIOS MÚTUOS

"A China tem muita experiência e conhecimento em tecnologia agrícola", disse Xu Xiangping, presidente do Conselho de Promoção Econômica e Comercial China-África na província de Hunan, acrescentando que o intercâmbio de tecnologia agrícola entre ambos aumentará a capacidade de produção agrícola e dos produtos agrícolas do Benin, fortalecendo a cooperação comercial entre os dois países.

"A cooperação agrícola China-Benin é uma fatia da cooperação agrícola Sino-Africana. Através da transferência de tecnologia, cooperação de investimento e intercâmbios comerciais, a China e o Benin podem alcançar economia, benefícios e oportunidades de desenvolvimento, levando à prosperidade compartilhada", disse ele.

Fale conosco. Envie dúvidas, críticas ou sugestões para a nossa equipe através dos contatos abaixo:

Telefone: 0086-10-8805-0795

Email: portuguese@xinhuanet.com