Foto tirada com um telefone celular mostra pessoas visitando o Pavilhão Nacional Italiano durante a Feira Internacional de Comércio de Serviços da China 2023 (CIFTIS, na sigla em inglês), no Centro Nacional de Convenções da China, em Beijing, capital da China, no dia 5 de setembro de 2023. (Xinhua/Wei Mengjia)
Observando que a cooperação comercial Itália-China tem sido frutífera, Lettieri disse que a cooperação com empresas italianas pode ajudar as empresas chinesas a explorar o mercado de terceiros, enquanto o mercado da China também tem sido atraente para as empresas italianas.
Roma, 19 set (Xinhua) -- Agora é a hora das pequenas e médias empresas (PMEs) da Itália aproveitarem as oportunidades crescentes para se desenvolverem e prosperarem na China, disse Michele Lettieri, presidente do Instituto de Arte e Design Universal (IUAD, em inglês), em uma entrevista recente à Xinhua.
"Há muitos anos que consideramos as relações com o Oriente, particularmente com a China", disse ele. Lettieri é filho do fundador do IUAD, criado há mais de 50 anos.
Após o primeiro acordo de parceria com a Universidade de Zhengzhou, há 17 anos, o IUAD tem agora quatro projetos de cooperação com institutos chineses para incentivar o intercâmbio de jovens e a formação em design.
Olhando para o futuro, Lettieri disse que pretende abrir uma nova filial na China com alguns parceiros chineses para oferecer cursos de formação específicos adaptados aos estudantes locais.
Ele disse que o IUAD tem uma vasta experiência em parceria com parceiros italianos e chineses e ficou impressionado com o rápido desenvolvimento da China ao longo destes anos.
O chef Alessandro Galimberti (2º à esquerda) prepara sanduíches no evento do Dia da Itália em Haikou, capital da Província de Hainan, no sul da China, no dia 15 de setembro de 2023. (Xinhua/Guo Cheng)
Nos últimos anos, as empresas italianas que prosperaram na China atuaram principalmente no setor de luxo, observou. No entanto, existe uma enorme “demanda insatisfeita” por produtos italianos de alta qualidade que não sejam marcas de luxo.
“Agora é o momento de igualar a oferta e a procura, mesmo para um produto que ainda é de alta qualidade, mas não é considerado luxo, que tende a ser fabricado por empresas de médio e pequeno porte que não têm capacidade de expansão na China”, disse ele.
“Economicamente falando, estas pequenas empresas podem criar novos negócios, pois são a força mais dinâmica da economia”, disse ele, observando que “o artesanato e a criatividade italianos vêm da diversidade de muitos pequenos artesãos”.
Na opinião de Lettieri, os jovens chineses que estudam na Itália e aprendem sobre o empreendedorismo local podem desempenhar um papel significativo ajudando os produtos “fabricados na Itália” a chegar à China.
“Essas pequenas empresas nunca chegarão lá (China) sem o apoio desses jovens”, disse ele.
O número de estudantes chineses pré-cadastrados em universidades italianas saltou de 3.549 em 2021 para 4.726 em 2022, com 1.948 candidatos a cursos de arte no ano passado, disse a Uni-Italia, uma organização oficial para promover o ensino superior italiano no exterior.
Visitantes degustam vinho italiano no evento do Dia da Itália em Haikou, capital da Província de Hainan, no sul da China, no dia 15 de setembro de 2023. (Xinhua/Guo Cheng)
Observando que a cooperação comercial Itália-China tem sido frutífera, Lettieri disse que a cooperação com empresas italianas pode ajudar as empresas chinesas a explorar o mercado de terceiros, enquanto o mercado da China também tem sido atraente para as empresas italianas.
Nos últimos cinco anos, o volume do comércio bilateral disparou de US$ 50 bilhões para quase US$ 80 bilhões, enquanto as exportações da Itália para a China aumentaram cerca de 30%, mostraram dados oficiais.
“Acredito que o ímpeto se manterá, tal como aconteceu nas últimas décadas”, disse ele.
