Um estudante queniano de pós-graduação realiza um experimento no Laboratório Conjunto China-Quênia do Cinturão e Rota sobre Biologia Molecular de Plantas Agrícolas na Universidade Egerton no Condado de Nakuru, Quênia, no dia 18 de setembro de 2023. (Xinhua/Han Xu)
Nairóbi, 20 set (Xinhua) -- Com um rosto radiante, Hannah Wanjiku acompanhou os visitantes em sua fazenda, localizada na borda de uma encosta arborizada no condado queniano de Nakuru, no Vale do Rift, para dar uma olhada nas plantações de alimentos exuberantes, incluindo milho, legumes e verduras.
Ao lado da casa da família de Wanjiku, uma estufa convertida em uma fazenda de demonstração improvisada atraiu a curiosidade de pequenos agricultores locais interessados em aprender sobre o cultivo de variedades de tomate de alto rendimento.
O professor aposentado é beneficiário de uma parceria de pesquisa entre a Universidade Egerton do Quênia e a Universidade de Nanjing da China, que promoveu o desenvolvimento de culturas tolerantes a pragas, secas e doenças para combater a fome, a desnutrição e a pobreza rural.
"Esperamos ter acesso a novas tecnologias agrícolas da China para ajudar a aumentar o rendimento das colheitas e lidar com os desafios enfrentados pelos agricultores locais, como chuvas irregulares, alto custo de adubo e sementes", disse Wanjiku à Xinhua, na segunda-feira em sua fazenda.
Criada na década de 1990, a cooperação entre as duas universidades tem girado em torno da pesquisa sobre culturas híbridas, bem como do treinamento de agricultores e extensionistas em práticas agronômicas aprimoradas, disse Richard Mulwa, vice-reitor adjunto da Universidade Egerton.
Mulwa destacou o Laboratório Conjunto China-Quênia do Cinturão e Rota de Biologia Molecular de Plantas Agrícolas, sediado na Universidade Egerton, por atuar como um centro de pesquisa e desenvolvimento de culturas de alto rendimento por meio do aproveitamento das tecnologias e experiências chinesas.
Mulwa disse que o moderno laboratório, cuja placa foi inaugurada na segunda-feira, deve facilitar a pesquisa inovadora, a criação e o lançamento de culturas que possam resistir a estresses climáticos.
De acordo com Mulwa, o laboratório também servirá como um "centro nevrálgico" para a transferência de conhecimento e tecnologia, além de treinar especialistas da região da África Oriental na criação de culturas alimentares resistentes ao clima.
"O laboratório molecular de última geração será utilizado para mudar a vida de nossos agricultores", disse Mulwa, acrescentando que o laboratório ajudará os cientistas locais a selecionar e criar variedades de culturas que possam resistir a condições climáticas hostis, pragas e doenças.
A cooperação agrícola entre o Quênia e a China, de acordo com Mulwa, garantiu que os agricultores de subsistência tivessem acesso à tecnologia e a sementes melhoradas em uma tentativa de aumentar a segurança alimentar e a renda das famílias.
Ele acrescentou que, graças a uma parceria de décadas com a Universidade de Agricultura de Nanjing, os cientistas da Universidade Egerton conseguiram desenvolver e liberar feijões, amendoim e mandioca de alto rendimento, bem como tomates resistentes à murcha bacteriana.
Uma delegação da Universidade de Agricultura de Nanjing testemunhou o descerramento da placa no Laboratório Conjunto China-Quênia do Cinturão e Rota sobre Biologia Molecular de Culturas.
Para promover a pesquisa e a inovação agrícola no Quênia e nos países vizinhos, o equipamento de última geração do laboratório foi instalado por meio de uma doação do governo chinês.
Daisy Osoro, uma estudante de pós-graduação com especialização em agricultura de terras secas, projetou uma imagem confiante ao colocar alguns tecidos de plantas em vasos de vidro nas prateleiras de madeira do laboratório.
Ao dar crédito a seu supervisor chinês por ajudar em sua pesquisa sobre mandioca resistente à seca, Osoro reafirmou seu compromisso de revolucionar a agricultura de terras secas no país.
Osoro disse que o laboratório molecular a motivou a se aventurar mais profundamente na pesquisa sobre mandioca e a oferecer treinamento a agricultores de regiões semiáridas para facilitar sua introdução como uma cultura alternativa que garante a segurança alimentar.
Charles Kariuki Githiri, um oficial de extensão agrícola no condado de Nakuru, disse que os oficiais de extensão estão aproveitando a pesquisa e o treinamento financiados pela China para transformar a agricultura de pequenos agricultores no Quênia em meio à baixa produtividade ligada à perda de fertilidade do solo, choques climáticos, insumos caros, pragas, doenças e volatilidade do mercado.
"Eu diria que a parceria com o governo chinês é o caminho certo para ajudar a lidar com os desafios enfrentados por nossos agricultores", disse Githiri. "Se adotarmos a tecnologia que está sendo trazida, isso garantirá que os agricultores possam produzir de forma sustentável, ao mesmo tempo em que as questões de mudança climática também serão abordadas."
Um estudante de pós-graduação queniano trabalha no Laboratório Conjunto China-Quênia do Cinturão e Rota sobre Biologia Molecular de Plantas Agrícolas na Universidade Egerton no Condado de Nakuru, Quênia, no dia 18 de setembro de 2023. (Xinhua/Han Xu)
Estagiárias quenianas observam uma muda na Aldeia de Matangi Tisa, no Condado de Nakuru, Quênia, no dia 18 de setembro de 2023. (Xinhua/Han Xu)
Uma estudante de pós-graduação queniana trabalha no Laboratório Conjunto China-Quênia do Cinturão e Rota sobre Biologia Molecular de Plantas Agrícolas na Universidade Egerton no Condado de Nakuru, Quênia, no dia 18 de setembro de 2023. (Xinhua/Han Xu)
Um professor chinês instrui estudantes de pós-graduação quenianos no Laboratório Conjunto China-Quênia do Cinturão e Rota sobre Biologia Molecular de Plantas Agrícolas na Universidade Egerton no Condado de Nakuru, Quênia, no dia 18 de setembro de 2023. (Xinhua/Han Xu)
Pessoas assistem a uma aula de treinamento de cultivo de tomate em uma vila de demonstração para o Desenvolvimento Agrícola e Redução da Pobreza China-África no Condado de Nakuru, Quênia, no dia 18 de setembro de 2023. (Xinhua/Han Xu)
