Baima Chilin (1º e), presidente da Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos, discursa durante um seminário sobre direitos humanos em Roma, Itália, no dia 25 de setembro. Especialistas e autoridades chinesas e europeias se reuniram na quarta-feira para o seminário sobre direitos humanos, com foco no caminho da China para a modernização, bem como na diversidade dos direitos humanos entre diferentes civilizações. (Foto por Alberto Lingria/Xinhua)

Roma, 20 set (Xinhua) -- Especialistas e autoridades chinesas e europeias se reuniram na quarta-feira para o seminário sobre direitos humanos, com foco no caminho da China para a modernização, bem como na diversidade dos direitos humanos entre diferentes civilizações.

O Seminário China-Europa sobre Direitos Humanos de 2023, realizado de forma virtual e presencial, contou com a participação de mais de 130 especialistas em direitos humanos, funcionários e representantes de partidos políticos e organizações sociais.

Em seu discurso de abertura, Baima Chilin, presidente da Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos, apelou aos países para que promovam um progresso positivo na governança global dos direitos humanos através da solidariedade e da cooperação, e para que promovam o desenvolvimento livre e abrangente de todos no processo de modernização.

Todos os países devem também unir forças para encontrar soluções para os problemas e desafios que existem no domínio dos direitos humanos globais, acrescentou.

"Em um momento de tensão nas relações internacionais, é evidente que estão sendo feitos vários esforços para transformar o debate sobre os direitos humanos em uma arma", disse Neil Davidson, membro trabalhista da Câmara dos Lordes do Reino Unido.

A considerável diversidade na governança dos assuntos humanos indica que é improvável que a política para uma sociedade se aplique a outra sociedade com diferentes prioridades, tradições, história e culturas, disse Davidson, observando que "o objetivo da discussão deve ser aprender uns com os outros, para compartilhar experiências e para nos compreendermos, e não para promover a divisão entre os povos."

Construir o respeito mútuo é um passo para reduzir as tensões crescentes no mundo de hoje, disse ele, acrescentando que "a discussão sobre os direitos humanos, com o objetivo de compreensão mútua entre os países, só pode servir para melhorar as relações".

Oliviero Diliberto, ex-ministro da Justiça da Itália, também reitor da Faculdade de Direito da Universidade Sapienza de Roma, observou que a Itália e a China mantêm relações estreitas, uma vez que reconhecem e respeitam as diferenças entre suas civilizações e culturas, bem como procuram um terreno comum e um consenso comum da cooperação.

Em sua mensagem de vídeo, Diliberto também elogiou os frutíferos intercâmbios acadêmicos e a cooperação jurídica entre a Itália e a China nos últimos anos, que funcionaram como uma ponte entre civilizações para promover o diálogo.

Três sessões paralelas foram realizadas durante o seminário, com os participantes discutindo temas como o desenvolvimento da filosofia moderna dos direitos humanos e a evolução das civilizações dos direitos humanos na era digital.

O Seminário China-Europa sobre Direitos Humanos de 2023 foi co-organizado pela Sociedade Chinesa de Estudos de Direitos Humanos e pela Faculdade de Direito da Universidade Sapienza de Roma.