
Especialistas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas Tropicais (CATAS, na sigla em inglês) e estudantes locais posam para foto de grupo no Centro de Demonstração de Tecnologia Agrícola China-Aid em Brazzaville, capital da República do Congo, no dia 19 de novembro de 2019. Enquanto especialistas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas Tropicais (CATAS) ensina seus colegas congoleses a operar equipamentos em Haikou, capital da província chinesa de Hainan, uma equipe da CATAS compartilha conhecimentos agrícolas com estudantes locais em campos próximos a Brazzaville, capital da República do Congo. (CATAS/Divulgação via Xinhua)
Haikou/Brazzaville, 28 set (Xinhua) -- Enquanto especialistas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas Tropicais (CATAS, na sigla em inglês) ensinam seus colegas congoleses a operar equipamentos em Haikou, capital da província chinesa de Hainan, uma equipe da CATAS compartilha conhecimentos agrícolas com estudantes locais em campos próximos a Brazzaville, capital da República do Congo.
De Haikou a Brazzaville, especialistas chineses espalham sementes de esperança nas comunidades locais, compartilhando conhecimento em agricultura tropical, escrevendo um novo capítulo na cooperação entre China e África.
MUITA EXPERIÊNCIA E HABILIDADES
A República do Congo, que possui muitas terras aráveis e recursos solares, luta há muito tempo contra a falta de técnica, e é aí que o papel da CATAS começa.
Como instituição de pesquisa abrangente de nível nacional dedicada a estudos científicos agrícolas tropicais na China, a CATAS enviou mais de 20 especialistas ao Centro de Demonstração de Tecnologia Agrícola da China-Aid (CDTA) desde 2007.
Estes peritos testaram e selecionaram variedades de culturas tropicais adequadas ao cultivo local, demonstraram competências agrícolas e de avicultura e ofereceram à população local ensino e formação extensivos e intensivos.
"Talentos e tecnologias são nossos maiores ativos. Podemos aproveitar esses recursos para ajudar no desenvolvimento da agricultura tropical na República do Congo", disse Zhou Quanfa, ex-diretor da CDTA.
Para facilitar o progresso da população local, Zhou e outros especialistas da CATAS fizeram a Coleção de Panfletos sobre Técnicas Agrícolas Práticas para Agricultura Tropical "Como Virar Global" em chinês, inglês e francês, abrangendo várias técnicas de cultivo de mandioca, milho, melancia e outras frutas e vegetais.
Essas medidas beneficiaram muitos congoleses, incluindo Diakabana Ngoma Andre, que recebeu formação prática no cultivo de melancia, mandioca, vegetais e avicultura durante um longo período.
Colocando essas habilidades em prática, Andre cultivou uma plantação de melancia e colheu os primeiros lucros. "Usei essa renda para comprar minha primeira TV. É ótimo lembrar disso", disse ele.
Nos últimos cinco anos, os especialistas da CATAS em Brazzaville conduziram 29 sessões de formação com 2.205 participantes, ensinando tecnologias avançadas aos agricultores e funcionários locais para o desenvolvimento agrícola sustentável no país.
Paul Valentin Ngobo, ministro congolês da agricultura, pecuária e pescas, agradeceu ao CDTA, dizendo: "O equipamento se desgastará em algum momento, mas o conhecimento continua".
FRUTOS DA COLABORAÇÃO TECNOLÓGICA
Muitas variedades vegetais chinesas entraram nos mercados locais da República do Congo. Entre elas, algumas culturas que eram raras no país, como a soja, se destacaram.
"Os formandos não só viram e cultivaram soja pela primeira vez, como provaram produtos de soja da China", disse Huang Xiaoming, especialista da CATAS.
Os avanços tecnológicos também impulsionaram o potencial da agricultura local. Notavelmente, a introdução de variedades de mandioca de alto rendimento e resistentes a doenças provenientes da China duplicou a produção local de mandioca em 5.280 acres de terra cultivada.
Entretanto, o CDTA e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Pescas do Congo implementaram conjuntamente o projeto de ajuda "Demonstração e Promoção de Tecnologia Industrial de Farinha de Mandioca de Alta Qualidade China-Congo (Brazzaville)" e estabeleceram uma linha de produção de farinha de mandioca, para beneficiar agricultores locais.
COOPERAÇÃO PROMISSORA
A formação agrícola e os avanços tecnológicos têm beneficiado cada vez mais as populações locais, destacando o papel essencial do CDTA na promoção da cooperação agrícola tropical entre a China e a República do Congo desde seu lançamento oficial em 2012.
"Sempre consideramos o CDTA como uma 'ponte' e uma 'janela' através das quais podemos estabelecer uma conexão estreita com a África", disse Zhou.
Em novembro, o segundo Fórum de Cooperação Agrícola China-África será realizado na província chinesa de Hainan, abrindo mais espaço para o fortalecimento da cooperação agrícola, de investimento e comercial China-África.
De acordo com Huang Sanwen, presidente da CATAS, a academia continuará ajudando a melhorar as indústrias agrícolas do Congo e a promover ainda mais a desenvolvimento da agricultura tropical em África, oferecendo a "sabedoria e a força da China" para a cooperação de alta qualidade sob o Cinturão e Rota.

Li Keming (esquerda), especialista da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas Tropicais (CATAS, na sigla em inglês) e seu colega congolês analisam crescimento de plantação no Centro de Demonstração de Tecnologia Agrícola da China-Aid em Brazzaville, capital da República do Congo, no dia 12 de julho de 2023. Enquanto especialistas da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas Tropicais (CATAS) ensina seus colegas congoleses a operar equipamentos em Haikou, capital da província chinesa de Hainan, uma equipe da CATAS compartilha conhecimentos agrícolas com estudantes locais em campos próximos a Brazzaville, capital da República do Congo. (Foto por Guy-Gervais Kitina/Xinhua)

