Amostras armazenadas na sede do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT, na sigla em espanhol), localizado em Texcoco, na região central do México, em 21 de novembro de 2022. (Xinhua/ Zhu Yubo)

A China e o CIMMYT têm uma colaboração de longo prazo em recursos de germoplasma, que ajudam a desenvolver algumas sementes importantes em todo o mundo.

Cidade do México, 12 dez (Xinhua) -- Em frente à sede do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT, na sigla em espanhol), localizado em Texcoco, no centro do México, dezenas de bandeiras nacionais tremulam ao vento.

Wang Hui, uma pesquisadora chinesa da Academia de Ciências Agrícolas de Shanghai (SAAS, na sigla em inglês), estava colhendo amostras de uma planta de milho na estufa experimental.

Wang está entre os vários pesquisadores visitantes da China, que estabeleceu uma parceria em 1974 com o CIMMYT, uma organização internacional com foco em pesquisa e treinamento agrícola sem fins lucrativos.

Como especialista em milhos especiais, ela se dedica à pesquisa sobre o melhoramento genético do milho há mais de 10 anos.

No ano passado, ela foi ao México, o berço do milho, como pesquisadora visitante em projetos de milho no CIMMYT por um ano.

Depois de coletar as amostras, Wang entrou no laboratório, onde é obrigatório usar um uniforme branco para garantir a higiene.

Em seguida, ela começou a misturar reagentes com várias amostras de milho, medindo suas proteínas e elementos residuais. Todos os dados serão, com o tempo, processados no computador para realizar análises genéticas e genômicas adicionais.

Usando o estudo de associação de todo o genoma, a seleção genômica e a seleção assistida por marcadores moleculares, Wang combina a criação biológica com técnicas convencionais de criação.

Trabalhando com pesquisadores de todo o mundo, Wang contribui para o objetivo principal dessa organização, que é capacitar os agricultores por meio da ciência e da inovação e nutrir o mundo em meio a uma crise climática.

Usando um casaco com isolamento térmico, Wang entrou no banco de germoplasma, onde estão armazenados mais de 150.000 germoplasmas de trigo e mais de 28.000 germoplasmas de milho.

"A China e o CIMMYT têm uma colaboração de longo prazo em recursos de germoplasma, que ajudam a desenvolver algumas sementes importantes em todo o mundo", disse ela.

Uma fazenda de milho na sede do Centro Internacional de Melhoramento de Milho e Trigo (CIMMYT, na sigla em espanhol), em 21 de novembro de 2022. (Xinhua/ Zhu Yubo)

Durante sua pesquisa de um ano no CIMMYT, Wang obteve uma melhor compreensão da cultura local e teve uma boa comunicação intercultural na organização internacional.

"Ampliei meus horizontes, pois os pesquisadores do CIMMYT vêm de diferentes países e formações acadêmicas", disse ela.

"A aplicação dos recursos de germoplasma do CIMMYT em milhos especiais, os métodos tecnológicos avançados e as realizações de pesquisa podem beneficiar minha futura carreira", acrescentou Wang.

Wang é uma das mais de 5.000 acadêmicos chineses que participaram do programa de intercâmbio do CIMMYT.

"O intercâmbio de talentos serve como uma ponte para facilitar a cooperação entre a China e o CIMMYT", disse Wang. "Isso não só trará a experiência mundial para o desenvolvimento agrícola da China, mas também devolverá ao mundo a abordagem chinesa à segurança alimentar."

Em 2016, o CIMMYT foi homenageado com o Prêmio Internacional de Cooperação Científica e Tecnológica pelo governo chinês.

Em 2018, a SAAS e o CIMMYT estabeleceram em conjunto o Centro de Pesquisa de Milho Especial CIMMYT-China (CCSMRC, em inglês) em Shanghai, cujo objetivo é ajudar Shanghai a construir um centro de inovação científica e tecnológica com influência global.

Mais tarde, Wang retornará à China e continuará sua pesquisa sobre germoplasma de milho especial com todas as experiências aprendidas e uma lembrança inesquecível da vida no México.