Beijing, 20 dez (Xinhua) -- "Entrar na China é uma parte necessária de nossa estratégia", disse John Tan, chefe de mercados financeiros na Ásia da Standard Chartered e presidente da Standard Chartered Securities China Limited (SCSCL), em entrevista exclusiva à Xinhua.
No início deste mês, o SCSCL anunciou que recebeu uma licença da Comissão Reguladora de Valores da China para iniciar negócios de valores mobiliários. A companhia se tornou a primeira de valores mobiliários totalmente estrangeira recém-aprovada na China desde que o país suspendeu os limites de propriedade estrangeira no setor em 2020.
O mercado de capitais da China aderiu ao aprofundamento das reformas e ao avanço da abertura de instituições, mercados e produtos em outras dimensões, enquanto as empresas de investimentos estrangeiros viram uma melhoria na conveniência nos negócios e maior conectividade nos mercados transfronteiriços, observou Tan.
De acordo com Tan, a SCSCL recebeu a aprovação da instalação em janeiro, concluiu o registro de pessoa jurídica em maio e recebeu a licença em dezembro deste ano.
"Recebemos um grande apoio das autoridades reguladoras durante o período desde a solicitação da aprovação até a obtenção. Sentimos plenamente os esforços do governo chinês para criar um ambiente de negócios de primeira classe orientado para o mercado, baseado na lei e internacionalizado", disse Tan.
Notando que a escala do mercado de bônus da China subiu para o segundo lugar global, Tan disse que o negócio de bônus da Standard Chartered na parte continental chinesa se expandirá do mercado de bônus interbancários para o mercado de bônus cambiais após a emissão da licença.
A correlação entre bônus chineses e bônus europeus e americanos é relativamente fraca, e comprar bônus chineses se tornou uma escolha necessária para cada vez mais investidores internacionais, apontou Tan.
"Julgando pelo volume de negócios da Conexão de Obrigações, os clientes da Standard Chartered têm grande demanda pelo mercado de bônus chinês", acrescentou.
Em relação às perspectivas econômicas da China, ele disse que a equipe de pesquisa da Standard Chartered é da opinião de que a economia e o consumo chineses devem se recuperar no próximo ano e que a empresa continuará a explorar o mercado chinês.
"Acredito firmemente que a abertura financeira da China será consistentemente avançada e o papel do mercado de capitais servindo como um hub será reforçado. Estou confiante de que a SCSCL começará a operar sem problemas", disse Tan.

