Rio de Janeiro, 26 dez (Xinhua) -- O desmatamento na Amazônia registrou em novembro a menor taxa do ano, com 116 quilômetros quadrados destruídos de floresta, 80% a menos que no mesmo mês do ano passado e o menor nível para um mês de novembro desde 2017, informou o Instituto da Amazônia (Imazon) na terça-feira.
De janeiro a novembro, o desmatamento recuou 62%, passando de 10.286 km² em 2022 a 3.922 km². Apesar da redução expressiva, a taxa continua sendo preocupante, já que equivale a 1.200 campos de futebol de floresta destruídos por dia.
Segundo o Imazon, os estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso são os que registraram as piores taxas de desmatamento no ano. Apesar das quedas significativas no desmatamento, as três unidades federativas concentram 74% da área devastada.
Outros estados que tiveram redução foram Rondônia, Acre e Maranhão, enquanto foram constatados aumentos do desmatamento em três outros estados: Amapá (240%), Tocantins (33%) e Roraima (27%).
O Imazon também acompanha os avanços ou recuos relacionados à degradação florestal provocada por queimadas ou pela extração madeireira, além dos índices de desmatamento, ou seja, a perda total da vegetação nativa.
Em novembro, pelo segundo mês consecutivo, a degradação aumentou na Amazônia, passando de 739 km², em 2022, para 1.566 km², este ano, uma alta de 112% no período.
O estado mais afetado pela degradação foi o Pará, que concentrou 70% desse dano ambiental em novembro, seguido de Maranhão (12%), Amazonas (8%), Mato Grosso (6%) e Rondônia (4%). Ao longo do ano, também houve aumento na degradação em fevereiro, março, maio e outubro.
De janeiro a novembro, a degradação também diminuiu. O dano ambiental passou de 9.127 km², em 2022, para 5.042 km², em 2023, uma redução de 45%. Nesse caso, a redução foi menor do que a do desmatamento. O fator a que se atribui a queda foram as queimadas no Amazonas e Pará, que alarmaram todo o país.