Beijing, 19 jan (Xinhua) -- Com um parque de cobertura de 2.700 metros quadrados e um parque infantil coberto de 300 metros quadrados, os clientes do recém-inaugurado shopping Aeon, na cidade de Wuhan, centro da China, desfrutaram de experiências que vão muito além das compras convencionais.
As lojas físicas da China, incluindo shoppings, supermercados e lojas de conveniência, estão buscando mudanças inovadoras na era digital para atrair clientes, injetando nova vitalidade ao consumo offline.
"Faz frio no inverno e calor no verão em Wuhan. Além disso, o tempo aqui é bastante chuvoso", disse Takuya Nojima, gerente-geral do novo shopping Aeon, em Wuhan. "Mais espaço de lazer interno fará com que os clientes permaneçam mais tempos no shopping, o que ajudará a aumentar a receita de vendas."
Conforme o gerente-geral, 21% do espaço do shopping é dedicado a centros de recreação, atividades de lazer e serviços gastronômicos.
Embora as compras online sejam convenientes e atendam às necessidades dos consumidores por "produtos", as lojas físicas podem fornecer experiências de varejo abrangentes e atender às necessidades de "serviços", disse Dong Chao, especialista da Academia Chinesa de Cooperação Comercial e Econômica Internacionais do Ministério do Comércio. "O valor dos pontos de varejo offline está no prazer criado pela interação face a face."
Conforme um relatório divulgado pela Associação Chinesa de Cadeia de Lojas e Franquia, um total de 400 novos centros comerciais foram abertos na China no ano passado, e mais de 60% das cidades pesquisadas registraram crescimento no número de lojas de conveniência.
Lojas físicas em todo o país estão introduzindo novos cenários de consumo, que incluem áreas de esqui, parques de diversões, livrarias e até museus de arte.
Para atender às necessidades específicas de diferentes grupos de consumidores, uma "cantina comunitária", aberta no ano passado no Mercado Chang'an, em Beijing, tornou-se popular entre os idosos, enquanto uma livraria próxima ofereceu cuidado e atividades pós-escola aos alunos.
A Loja de Departamentos de Xidan, um marco consagrado na área de negócios de Xidan, em Beijing, está mudando do tradicional modelo de negócios para um que destaca experiência de vida de qualidade, esportes e saúde, vida inteligente e cultura.
Em 2023, o consumo voltou a ser a principal força motriz para o crescimento econômico da China, segundo Kang Yi, chefe do Departamento Nacional de Estatísticas. A contribuição anual da despesa de consumo final para o crescimento econômico da China foi de 82,5% no ano passado, um aumento de 43,1 pontos percentuais em termos homólogos.
O potencial de consumo da China ainda é enorme, disse Kang, acrescentando que o grande mercado do país, com uma população de mais de 1,4 bilhão, o avanço constante da urbanização e a atualização da estrutura de consumo oferecem amplas oportunidades para o crescimento do consumo.

