Foto aérea tirada por drone em 16 de janeiro de 2024 mostra veículos e um navio Ro-Ro em um terminal do porto de Dalian, Província de Liaoning, no nordeste da China. (Xinhua/Chen Wei)
"A China é uma potência econômica muito forte e participa ativamente do G77. Precisamos que a China seja robusta nesse grupo." -- Ministra sul-africana de Relações Internacionais e Cooperação
Campala, 22 jan (Xinhua) -- A China é um parceiro-chave do Grupo dos 77 países (G77) na promoção dos interesses dos países menos desenvolvidos em questões globais, disse Naledi Pandor, ministra de Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul.
A China tem desempenhado um papel ativo na organização de 134 Estados-membros que busca influenciar os assuntos globais, disse Pandor em uma entrevista recente à Xinhua antes da Cúpula do G77+China, que foi aberta no domingo em Campala sob o lema "Não Deixando Ninguém para Trás".
A cúpula busca trazer uma nova dinâmica para a cooperação entre as nações envolvidas em um mundo mais competitivo. Seu objetivo é impulsionar a cooperação Sul-Sul em áreas como comércio, investimento, desenvolvimento sustentável, mudança climática, erradicação da pobreza e economia digital.
"A China é uma potência econômica muito forte e participa ativamente do G77. Precisamos que a China seja robusta nele", disse Pandor.
O G77 deve aproveitar a força econômica da China, a presença de alguns outros países em desenvolvimento importantes e um bloco de 54 nações africanas para defender os interesses do Sul Global, disse ela.
"Acredito que em fóruns como este, podemos começar a desenvolver abordagens muito mais estratégicas. Chegou a hora de sermos mais avançados, mais proativos e mais articulados em relação à afirmação de nossa perspectiva como Sul Global", acrescentou.
Pandor disse que o Sul Global precisa ter uma participação justa nos assuntos globais.
"Às vezes, somos influenciados por outros, muitas vezes porque não temos um forte crescimento econômico em nossos países e dependemos de ajuda e outras coisas. Tendemos a não ser tão fortes e assertivos quanto precisamos ser", disse ela, observando que os países em desenvolvimento precisam se levantar contra as injustiças no mundo.