Destaque: Artista de Uganda é inspirado a preservar cultura através da arte após visita à China-Xinhua

Destaque: Artista de Uganda é inspirado a preservar cultura através da arte após visita à China

2024-02-17 12:37:57丨portuguese.xinhuanet.com

Artista ugandês Bruno Ruganzu trabalha em seu estúdio de arte no distrito de Wakiso, centro de Uganda, no dia 11 de fevereiro de 2024. (Foto por Nicholas Kajoba/Xinhua)

Wakiso, Uganda, 15 fev (Xinhua) -- Bruno Ruganzu, artista ugandês dedicado a preservar a cultura da nação da África Oriental, descreveu sua viagem de 10 dias de criação, exposição de trabalho e intercâmbio cultural na província chinesa de Zhejiang como uma memória inesquecível.

Foi a primeira visita de Ruganzu à China. Durante a viagem em dezembro, ele e outros artistas de diversas origens culturais visitaram locais históricos e culturais em Hangzhou, Shaoxing e Huzhou, na província oriental da China. Eles vivenciaram a vitalidade da China contemporânea e mostraram suas criações na exposição “Encontro de Artistas da Rota da Seda”.

Após voltar para casa, no distrito central de Wakiso, em Uganda, Ruganzu procura implementar as lições que aprendeu. Em seu ateliê, construído principalmente com garrafas de vinho recicladas, Ruganzu refletiu sobre sua infância, quando as pessoas de sua aldeia faziam artesanato com materiais naturais como fibra de bananeira, potes de barro e cestos de vime. Agora estas práticas tradicionais estão sendo substituídas pela modernidade.

“Estas pessoas aprenderam toda esta arte com seus antepassados, assim como eu aprendi com quem eu tinha por perto. Por isso, independentemente do que eu faça, meu objetivo é ligar a cultura à arte para criar uma nova vida”, disse ele.

Aprendendo com as lições da China, Ruganzu acredita que a cultura e a modernidade podem coexistir. Ele ficou surpreso com a importância que o povo chinês atribui à cultura, citando a preservação da caligrafia como uma forma de arte antiga.

“Foi uma experiência incrível. Estávamos no centro da civilização. Acredite, é um espaço mágico para observar a civilização e como ela é mantida, documentada, destacada e quão relevante é a cultura chinesa, que está sendo protegida e preservada”, disse Ruganzu.

Ele disse que embora a caligrafia seja uma forma antiga de arte chinesa, ela ainda é muito preservada e apreciada pelo povo chinês.

“Para mim, como artista ugandês, fiquei impressionado com a importância que o povo chinês dá à sua cultura. Nós, como país, temos muitos lugares para proteger e preservar para as próximas gerações”, acrescentou ele.

Ruganzu pretende usar suas habilidades de pintura e escultura para conectar arte com cultura e tradição. Ele vê sua arte como uma conexão com seus ancestrais e suas raízes, guiado pelo espírito Ubuntu, que significa “Eu sou porque nós somos”.

Sua jornada como artista foi inspirada por um professor do ensino médio e incentivada por talento e comprometimento. Depois de se formar em arte e design industrial em 2011, Ruganzu continuou perseguindo sua paixão, eventualmente obtendo um mestrado e virando professor.

A dedicação de Ruganzu à preservação da cultura através da arte ficou evidente durante sua viagem à China. Ele mencionou que o povo chinês também respeita a natureza e procura uma coexistência harmoniosa com ela, um princípio que ele acredita que deveria ser uma busca comum para a humanidade.

Durante a exposição em Hangzhou, capital da província de Zhejiang, Ruganzu apresentou suas obras ao público chinês, destacando que os materiais usados nas suas obras eram provenientes principalmente de árvores, destacando sua origem natural.

Olhando para o futuro, Ruganzu está determinado a transmitir suas competências e conhecimentos às próximas gerações.

Refletindo sobre sua jornada de jovem artista inspirado por seu professor até virar alguém respeitado no mundo da arte, a história de Ruganzu é de talento, comprometimento e uma paixão forte pela preservação da cultura através da arte.

“Minha arte não é especificamente sobre mim. É uma ligação aos meus antepassados e às minhas raízes. Não é suficiente quando não é com os outros”, acrescentou ele.

Artista ugandês Bruno Ruganzu fala em entrevista à Xinhua em seu estúdio de arte no distrito de Wakiso, centro de Uganda, no dia 11 de fevereiro de 2024. (Foto por Nicholas Kajoba/Xinhua)

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