Rio de Janeiro, 22 fev (Xinhua) -- O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta quinta-feira no Palácio da Alvorada, residência oficial em Brasília, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, a pedido do visitante, informou a assessoria de comunicação da presidência.

Lavrov, que veio ao Brasil para a reunião de chanceleres do G20, conversou com o presidente sobre assuntos da agenda bilateral, sobre os debates que ocorrem no G20 e sobre questões globais.

"Lavrov felicitou o presidente Lula pela organização da reunião de ministros das Relações Exteriores no Rio de Janeiro e transmitiu a mensagem de apoio do presidente Putin à presidência brasileira do grupo", segundo a nota.

"O ministro das Relações Exteriores reforçou o convite para a Cúpula do BRICS, que se realizará na Rússia em outubro, e reiterou seu apoio à candidatura do Brasil para ocupar uma cadeira permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas", acrescentou.

"O presidente reafirmou a importância de uma nova governança mundial para fazer frente a questões como a inteligência artificial e as mudanças climáticas, que não podem ser abordadas de forma isolada".

Segundo a nota do governo brasileiro, "Lavrov destacou a importância das iniciativas que o Brasil tem tomado, junto a outros países com florestas tropicais, para combater o desmatamento e buscar formas mais justas de remuneração pela preservação destes biomas. Ressaltou ainda a necessidade de melhorar os mecanismos de financiamento para os países em desenvolvimento".

No âmbito bilateral, Lula destacou as cifras do fluxo comercial entre os dois países, que alcançou sua máxima histórica em 2023 e a necessidade de diversificar a agenda comercial.

O chanceler Lavrov expôs as posições da Rússia sobre o conflito na Ucrânia e o presidente Lula reiterou sua posição de que o Brasil segue disposto a colaborar com os esforços a favor da paz.

Lula tinha recebido na manhã de quarta-feira o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, com quem discutiu temas bilaterais e globais, o conflito no Oriente Médio e a situação na Faixa de Gaza.