Rússia reforça segurança e promete combater terrorismo após ataque a tiros em sala de concertos em Moscou-Xinhua

Rússia reforça segurança e promete combater terrorismo após ataque a tiros em sala de concertos em Moscou

2024-03-27 11:38:30丨portuguese.xinhuanet.com

Foto tirada em Moscou, Rússia, em 23 de março de 2024, mostra telas que exibem o presidente russo Vladimir Putin falando em um discurso televisionado para a nação. (Xinhua/Cao Yang)

A Rússia está se recuperando de um sangrento atentado terrorista em Moscou, uma tragédia que levou a um aumento significativo das medidas de segurança em todo o país.

Beijing, 25 mar (Xinhua) -- A Rússia está se recuperando de um sangrento atentado terrorista em Moscou, uma tragédia que levou a um aumento significativo das medidas de segurança em todo o país.

De acordo com o Ministério de Emergências do país, o número de mortos subiu para 137 e mais de 180 ficaram feridos na segunda-feira, um dia depois que a Rússia observou um luto nacional pelas vítimas.

O ATAQUE TERRORISTA MAIS MORTAL NA RÚSSIA EM QUASE 20 ANOS

O incidente marcou o ataque mais mortal na Rússia em quase duas décadas. Os esforços de busca pelas vítimas continuam.

O governador da região de Moscou, Andrey Vorobyov, disse no sábado que, depois que as equipes de resgate retiraram 133 corpos dos escombros da sala de concertos Crocus City Hall, as autoridades locais conseguiram estabelecer provisoriamente as identidades de 50 vítimas.

Fumaça do fogo se eleva acima da sala de concertos Crocus City Hall em chamas após um ataque a tiros no noroeste de Moscou, Rússia, em 22 de março de 2024. (Xinhua/Cao Yang)

"A identificação pelos parentes está adiantada. Nos hospitais, os médicos estão lutando pela vida de 107 pessoas", escreveu Vorobyov no Telegram, de acordo com o site Sputnik.

Em todo o país, a Rússia fortificou as medidas de segurança, já que as investigações sobre os responsáveis pelo ataque ainda estão em andamento.

Na esteira do ataque terrorista, o prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, anunciou o cancelamento de todas as grandes reuniões na cidade para o próximo fim de semana. Da mesma forma, o Oblast de Leningrado, o Oblast de Arkhangelsk e vários outros lugares também cancelaram ofertas de entretenimento, eventos culturais e outras atividades públicas.

As ferrovias russas, a aviação civil e outros departamentos anunciaram um aumento nas inspeções de segurança.

Centenas de pessoas em Moscou fizeram fila no sábado para doar sangue após o ataque mortal. Uma doadora anônima disse à Xinhua que é uma doadora regular de sangue e que sente uma compulsão ainda maior de doar sangue diante da situação atual.

"Espero que uma tragédia como essa nunca mais aconteça, mas já que aconteceu, estou mais do que disposta a oferecer minha ajuda", disse ela.

NÃO HÁ NECESSIDADE DE TIRAR CONCLUSÕES PRECIPITADAS

Com relação às pessoas que devem ser responsabilizadas pelo ataque, o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, disse ao Sputnik que não há necessidade de tirar conclusões precipitadas.

"As autoridades russas competentes descobrirão quem organizou esse ato terrorista. Acho que não há necessidade de tirar conclusões precipitadas hoje... esse tipo de trabalho requer silêncio", disse Antonov.

Ele também mencionou que o governo dos EUA não entrou em contato com a embaixada russa após o ataque a tiros. "Não houve contatos", disse ele, acrescentando que "o maior mal é o terrorismo".

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, escreveu no Telegram que, ao longo das décadas, as elites políticas dos EUA aprenderam a desviar habilmente a atenção de crimes de alto perfil e todos os tipos de encenação.

Portanto, até que a investigação sobre o ataque terrorista à Crocus City Hall seja concluída, quaisquer palavras de Washington justificando Kiev devem ser consideradas como evidência, escreveu ela.

Em um discurso no sábado, o presidente russo Vladimir Putin disse que o lado ucraniano estava preparando uma "janela" para os criminosos cruzarem a fronteira com base em informações preliminares.

O conselheiro do chefe do gabinete presidencial ucraniano, Mikhail Podolyak, e o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia rejeitaram as alegações de envolvimento da Ucrânia no ataque.

O grupo Estado Islâmico (EI) disse no sábado que o ataque foi "realizado por quatro combatentes do EI armados com metralhadoras, uma pistola, facas e bombas incendiárias".

"O EI é o único responsável por esse ataque", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Adrienne Watson, em um comunicado no sábado, acrescentando que "não houve qualquer envolvimento ucraniano".

As questões relativas à assistência à Rússia na investigação do ataque terrorista e ao possível envolvimento do EI no ataque serão levantadas e discutidas em uma das próximas reuniões do Conselho de Segurança da ONU, disse Vladimir Voronkov, chefe de contraterrorismo da ONU, ao Sputnik.

UNINDO FORÇAS PARA LUTAR CONTRA O TERRORISMO

Todos os quatro suspeitos foram acusados de terrorismo e podem pegar prisão perpétua, de acordo com o tribunal distrital de Basmanny, em Moscou. Foi ordenado que eles fossem mantidos em custódia pré-julgamento até 22 de maio.

Após o ataque a tiros mortal, os líderes mundiais expressaram forte condenação ao ataque terrorista e manifestaram solidariedade às vítimas.

Putin conversou por telefone com seus homólogos da Turquia, Síria e Tajiquistão, entre outros países, para discutir o ataque.

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan enfatizou a necessidade urgente de uma cooperação bilateral mais estreita no combate ao terrorismo.

"Os terroristas não têm nacionalidade, pátria ou religião", disse o presidente do Tadjiquistão, Emomali Rahmon, de acordo com uma declaração do gabinete do presidente.

Na sexta-feira, o Conselho de Segurança das Nações Unidas condenou "nos termos mais fortes o ataque terrorista hediondo e covarde" e expressou "profundo pesar e condolências" às famílias das vítimas e ao povo russo.

O terrorismo em todas as suas formas e manifestações constitui uma das mais sérias ameaças à paz e à segurança internacionais, afirmou.

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