Destaque: Ônibus elétricos fabricados na China conquistam mercado de Ruanda-Xinhua

Destaque: Ônibus elétricos fabricados na China conquistam mercado de Ruanda

2024-03-28 10:35:18丨portuguese.xinhuanet.com

Foto tirada no dia 23 de março de 2024 mostra ônibus elétrico em Kigali, Ruanda. Os fabricantes chineses de ônibus elétricos colocaram a BasiGo, uma empresa sediada no Quênia, no caminho da sua sustentabilidade, mas também no início de um papel significativo no avanço da transição de Ruanda para transportes mais ecológicos.

Passaram-se cerca de três meses desde que a BasiGo lançou ônibus elétricos piloto nos transportes públicos em Kigali, capital de Ruanda, em colaboração com as autoridades municipais, após a introdução bem sucedida em Nairóbi, capital do Quênia. (Foto por Atulinda Allan/Xinhua)

Kigali, 25 mar (Xinhua) -- Os fabricantes chineses de ônibus elétricos colocaram a BasiGo, uma empresa sediada no Quênia, no caminho da sua sustentabilidade, mas também no início de um papel significativo no avanço da transição de Ruanda para um transporte mais ecológico.

Passaram-se cerca de três meses desde que a BasiGo lançou ônibus elétricos piloto nos transportes públicos em Kigali, capital de Ruanda, em colaboração com as autoridades municipais, após a introdução bem sucedida em Nairóbi, capital do Quênia.

A empresa importa ônibus elétricos totalmente construídos pela China e trabalha com três operadoras de empresas de transporte público em Ruanda.

A fase piloto foi um sucesso, conquistando clientes que não conheciam a marca da empresa, segundo Doreen Orishaba, diretora-geral da empresa.

“O piloto foi um sucesso. Nossa meta era executá-lo por três meses e, nesse período, os operadores de ônibus já viram os benefícios de serem ecológicos. Já temos reservas para 132 unidades”, disse Orishaba à Xinhua em entrevista recente. “Diversos operadores de ônibus entraram em contato e querem fazer encomendas de até 132 unidades. Esse número vai continuar crescendo”.

O sucesso foi possível por causa de fatores como a colaboração com empresas chinesas inovadoras.

É mais fácil escalar quando os ônibus totalmente construídos são importados e a agenda de sustentabilidade é clara, segundo Orishaba.

“Escolhemos a China porque eles são os fabricantes líderes em tecnologia de baterias, que é o foco do nosso negócio. Vimos o desempenho da bateria, que é o coração dos nossos ônibus”, disse ela. “A China acertou no preço, o que faz sentido do ponto de vista comercial. Essa é uma das áreas em que devemos dar crédito aos fabricantes chineses”.

Um ônibus totalmente carregado pode percorrer 300 km sem recarga enquanto pontos de recarga são instalados em pontos específicos da capital.

O objetivo da empresa é entregar 100 ônibus nos próximos 12 meses nas ruas de Kigali, e 200 deles nos próximos dois anos, cada um com capacidade para transportar 70 passageiros.

“Nossa missão é criar o futuro do transporte público elétrico. Começamos em Nairóbi e agora estamos em Kigali. Estamos muito empolgados com Ruanda”, disse Orishaba.

O governo ruandês tem promovido o uso de veículos elétricos.

Os veículos elétricos e híbridos estão isentos de impostos, um grande incentivo que os torna muito mais atrativos.

O governo também definiu uma tarifa melhor para carregamento de veículos elétricos e atribuiu aos postos de carregamento elétrico uma tarifa industrial mais ampla, que é a melhor tarifa do regime tarifário de eletricidade do país.

Mesmo com um ambiente propício para veículos elétricos, no entanto, não havia ônibus elétricos em Ruanda antes da chegada da BasiGo.

Os ônibus elétricos da BasiGo são muito mais baratos de operar, segundo Orishaba.

A missão da empresa é tornar o ônibus elétrico o mais acessível possível ao operador.

No centro da estratégia de vendas da empresa está o modelo de leasing, onde é necessária uma pequena caução por ônibus e o restante é pago no modelo de financiamento pré-pago. É uma taxa baseada em quilometragem, cobrada a cada quilômetro rodado.

O custo da energia elétrica está embutido no custo do ônibus, assim como o serviço e a manutenção regulares, que tornam o ônibus ainda mais barato. A operadora também pode rastrear o ônibus, e todas as informações dele são levadas ao operador.

Innocent Umuhoza, um dos motoristas da empresa, disse que além de fazerem bem ao ambiente, os ônibus elétricos também são ótimos para o bolso porque o operador gasta menos com carregamento em comparação com os valores da gasolina.

Umuhoza disse que o combustível necessário para abastecer um ônibus movido a diesel custa mais de 100 dólares americanos, mas cerca de 30 dólares é suficiente para a eletricidade e dá para dirigir cerca de 10 km, do centro da cidade de Kigali até o Remera Taxi Park. “Enfrentávamos desafios com a falta de diesel. Os motores a diesel quebram facilmente, e o consumo do ônibus elétrico é baixo”, disse ele.

Os ônibus estão equipados com câmeras. Assim os passageiros se sentem mais seguros, já que as imagens podem ser rastreadas caso algo aconteça. Os motoristas também conseguem saber o que está atrás e na frente deles.

Os passageiros viram que o ônibus é silencioso e, no final do dia, ficam ansiosos para sentar nesse ambiente tranquilo para relaxar.

Frank Nkotanyi, um passageiro, disse que, ao contrário dos ônibus antigos movidos a gasolina, que produzem gases perigosos, os ônibus elétricos conservam 100% do meio ambiente. Ele acrescentou que os ônibus são bem construídos por dentro e têm Internet e carregadores de celulares, o que deixa os passageiros satisfeitos.

“Estamos substituindo a dependência do diesel importado pela eletricidade gerada localmente. Sendo assim, o governo está economizando. Mas a principal razão pela qual começamos com a BasiGO são as preocupações ambientais. Por cada ônibus que a BasiGO coloca nas estradas de Ruanda, ajudamos a reduzir até 30 toneladas de emissões de CO2”, disse Orishaba. “Então, no final das contas, estamos conseguindo um ônibus mais silencioso, um ambiente mais limpo, operações mais baratas e mais economia para a operadora e o governo”.

Orishaba citou entre os principais desafios a instalação de infraestruturas de carregamento para os ônibus, que exige proximidade com a linha elétrica de alta tensão, mas não deve ser uma linha sobrecarregada.

“A infraestrutura de carregamento é complexa e exige muito investimento. A energia para alimentar os carregadores é o que torna isso um pouco complexo e caro”, disse ela.

Foto tirada no dia 23 de março de 2024 mostra ônibus elétrico nas ruas de Kigali, Ruanda. Os fabricantes chineses de ônibus elétricos colocaram a BasiGo, uma empresa sediada no Quênia, no caminho da sua sustentabilidade, mas também no início de um papel significativo no avanço da transição de Ruanda para transportes mais ecológicos.

Passaram-se cerca de três meses desde que a BasiGo lançou ônibus elétricos piloto nos transportes públicos em Kigali, capital de Ruanda, em colaboração com as autoridades municipais, após a introdução bem sucedida em Nairóbi, capital do Quênia. (Foto por Atulinda Allan/Xinhua)

Foto tirada no dia 19 de março de 2024 mostra ônibus elétricos em estação de recarga em Kigali, Ruanda. Os fabricantes chineses de ônibus elétricos colocaram a BasiGo, uma empresa sediada no Quênia, no caminho da sua sustentabilidade, mas também no início de um papel significativo no avanço da transição de Ruanda para transportes mais ecológicos.

Passaram-se cerca de três meses desde que a BasiGo lançou ônibus elétricos piloto nos transportes públicos em Kigali, capital de Ruanda, em colaboração com as autoridades municipais, após a introdução bem sucedida em Nairóbi, capital do Quênia. (Foto por Atulinda Allan/Xinhua)

Trabalhador carrega ônibus elétrico em estação de carregamento em Kigali, Ruanda, no dia 19 de março de 2024. Os fabricantes chineses de ônibus elétricos colocaram a BasiGo, uma empresa sediada no Quênia, no caminho da sua sustentabilidade, mas também no início de um papel significativo no avanço da transição de Ruanda para transportes mais ecológicos.

Passaram-se cerca de três meses desde que a BasiGo lançou ônibus elétricos piloto nos transportes públicos em Kigali, capital de Ruanda, em colaboração com as autoridades municipais, após a introdução bem sucedida em Nairóbi, capital do Quênia. (Foto por Atulinda Allan/Xinhua)

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