Membros de delegação de estudantes do ensino médio do estado americano de Washington em sala de aula na Escola Secundária de Língua Estrangeira Nanshan de Shenzhen, em Shenzhen, província de Guangdong, sul da China, no dia 25 de março de 2024. (Xinhua/Mao Siqian)
A importância de manter e reforçar os intercâmbios não é um exagero. Na verdade, é o contato mútuo entre os dois povos que tem trazido as relações China-EUA de um declínio ao caminho certo.
Beijing, 1º abr (Xinhua) -- Na plataforma de mídia social X, foram publicadas fotos de excursões recentes de estudantes do estado americano de Washington a marcos icônicos da China, como a Grande Muralha e a Cidade Proibida, além do envolvimento deles no Tai Chi, o que gerou conversas animadas on-line.
A última visita fez parte de um programa de intercâmbio e estudo que convidará 50 mil jovens americanos à China nos próximos cinco anos, uma iniciativa proposta pelo presidente chinês, Xi Jinping, durante sua visita aos EUA em novembro do ano passado.
Quase simultaneamente à viagem dos estudantes, representantes das comunidades empresariais, estratégicas e acadêmicas dos EUA também visitaram a China no final de março. A visita atingiu seu ápice na quarta-feira, quando Xi se encontrou com eles.
Para reavivar as relações China-EUA dos seus desafios atuais, o presidente chinês colocou sua fé no povo americano. Além de reuniões com pessoas conhecidas como Henry Kissinger, Bill Gates, o senador Chuck Schumer e o governador da Califórnia Gavin Newsom, ele manteve contato com americanos comuns como os Flying Tigers e estudantes dos EUA por meio de cartas e tem defendido consistentemente o aumento do número de pessoas para intercâmbios interpessoais entre as duas nações em diversas ocasiões.
Sua dedicação em promover o intercâmbio entre chineses e americanos oferece uma visão sobre a base fundamental das relações China-EUA: a amizade duradoura entre ambos os povos.
Essa também foi uma das principais mensagens que Xi transmitiu na reunião com representantes de empresas, comunidades estratégicas e acadêmicas dos EUA na quarta-feira.
Membros de delegação de estudantes do ensino médio do estado americano de Washington visitam Montanha Wudang, um santuário para a arte marcial taoísta, na província de Hubei, centro da China, no dia 22 de março de 2024. (Xinhua/Wu Zhizun)
Mencionando que a história das relações China-EUA é de intercâmbios amistosos entre os dois povos, Xi espera que pessoas de todas as classes sociais chinesa e americana visitem e façam mais intercâmbios mútuos, expandam o terreno comum e a confiança mútua, superem vários obstáculos e fortaleçam a cooperação mutuamente benéfica.
Apesar dos altos e baixos na trajetória das relações China-EUA, os intercâmbios duradouros entre os povos ofereceram contribuições distintas para o avanço dos laços bilaterais.
Essas interações, abrangendo os domínios cultural, educacional e econômico, impulsionaram a compreensão mútua e a cooperação entre as duas partes.
Os intercâmbios educativos, em particular, proporcionam aos estudantes conhecimentos inestimáveis sobre as culturas uns dos outros, incentivando a empatia e acabando com conceitos errados. Da mesma forma, os intercâmbios culturais são um fórum para mostrar a riqueza e a diversidade de ambas as culturas, incentivando a apreciação e o respeito pelo sistema social diversificado de cada uma delas.
Além disso, as interações econômicas entre empresas e indivíduos contribuem para o crescimento do comércio e do investimento, beneficiando as economias de ambas as nações.
A importância de manter e reforçar esses intercâmbios não é um exagero. Na verdade, é o contato mútuo entre os dois povos que tem trazido as relações China-EUA de um declínio ao caminho certo.
Assim como mencionado por David Lampton, professor emérito da Escola de Estudos Internacionais Avançados da Universidade Johns Hopkins, os intercâmbios interpessoais entre a China e os Estados Unidos desempenharão um papel maior no futuro.
Membros de delegação de estudantes do ensino médio do estado americano de Washington e estudantes da Escola de Ensino Médio de Língua Estrangeira Nanshan de Shenzhen plantam árvores na Baía de Qianhai, em Shenzhen, província de Guangdong, sul da China, no dia 25 de março de 2024. (Xinhua/Mao Siqian)
Reconhecendo o importante papel dos vínculos de base no fortalecimento e avanço das relações bilaterais, Xi e seu homólogo americano, Joe Biden, concordaram na reunião em São Francisco em implementar mais medidas para facilitar viagens e intercâmbios, incluindo o aumento dos voos diretos de passageiros, mantendo um elevado diálogo a nível de turismo e simplificação dos procedimentos de pedido de visto. Desde então, os intercâmbios interpessoais entre os dois países voltaram.
No entanto, apesar dessa tendência positiva, a percepção errada entre certos políticos dos EUA sobre a China como uma estratégia de concorrente político a longo prazo e o “desafio geopolítico mais importante” continuam influenciando as políticas de Washington.
Como resultado, restrições à circulação de pessoas entre a China e os Estados Unidos continuam, o que dificulta muito o intercâmbio amistoso entre os dois lados.
Um fato ainda mais preocupante é que os políticos dos EUA e seus aliados mediáticos insistem em difamar a China e enquadrá-la como uma ameaça. Essa retórica não só espalha estereótipos negativos, como incentiva uma atmosfera tóxica de suspeita e animosidade em relação à China entre o povo americano.
Durante a reunião de quarta-feira, Xi citou um provérbio chinês que compara o desafio de fazer o bem com a subida a uma colina íngreme, onde um passo em falso pode resultar em uma queda rápida.
Revitalizar as tensas relações China-EUA exigem esforços árduos dos dois lados, e o reforço dos vínculos de base são passos críticos para isso. É através da promoção de interações interpessoais e da facilitação de intercâmbios culturais que as duas nações podem lançar as bases para a confiança mútua e a cooperação em todos os níveis.