Beijing, 4 abr (Xinhua) -- A China mais uma vez pede que as Filipinas respeitem os fatos e retornem ao caminho certo de gerenciar e resolver adequadamente as disputas por meio de diálogo e consulta o mais rápido possível, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, nesta quarta-feira.

Em resposta a uma pergunta sobre uma carta aberta do secretário de Defesa das Filipinas, Gilberto Teodoro Jr., o porta-voz Wang Wenbin disse em uma coletiva de imprensa diária que as Filipinas continuam acusando a China de "intimidar países menores" sem mencionar a ocupação e a invasão filipina do território chinês em Nansha Qundao. Essa é uma verdadeira "armadilha" de propaganda", disse Wang.

"Na questão de Ren'ai Jiao, não é o tamanho, mas o comportamento de um país que determina quem está certo e quem está errado", disse Wang.

Ele ressaltou que logo após as Filipinas terem deliberadamente encalhado seu navio de guerra em Ren'ai Jiao em 1999, o que violou seriamente a soberania da China, a China fez diligências junto às Filipinas, e as Filipinas prometeram rebocar o navio de guerra várias vezes. Uma autoridade sênior do Departamento de Relações Exteriores das Filipinas deixou claro que as Filipinas não tinham intenção de construir nenhuma instalação em Ren'ai Jiao e que não querem e não serão o primeiro país a violar a Declaração sobre a Conduta das Partes no Mar do Sul da China (DOC).

"No entanto, 25 anos depois, as Filipinas não apenas não cumpriram sua promessa de rebocar o navio de guerra, como também tentaram enviar materiais de construção para reparos e reforços em larga escala do navio de guerra a fim de construir estruturas permanentes em Ren'ai Jiao", disse Wang.

Ressaltando que as Filipinas voltaram atrás em suas palavras e criaram problemas para provocar a China, ele disse que o comportamento das Filipinas não apenas viola os entendimentos entre os dois lados sobre a questão de Ren'ai Jiao, mas também viola o DOC, especialmente seu Artigo 5 sobre a abstenção de ações de habitar as ilhas, recifes, cardumes, baías e outras características atualmente desabitadas. "As Filipinas são claramente responsáveis pelas atuais tensões no Mar do Sul da China", acrescentou Wang.

Wang enfatizou que a China e os países da ASEAN estão comprometidos há muito tempo com o gerenciamento e a resolução adequados das disputas por meio do diálogo e da consulta entre os estados diretamente envolvidos, e têm trabalhado juntos para manter a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China, o que tem mantido a estabilidade geral.

No entanto, há algum tempo, as Filipinas têm atraído atores não regionais para os assuntos do Mar do Sul da China para apoiar as provocações filipinas e a violação da soberania da China, disse ele, acrescentando que as Filipinas têm buscado ganhos egoístas às custas do consenso alcançado pelos países da região.

"Essa é a principal razão pela qual a situação no Mar do Sul da China se agravou e se tornou mais complicada", disse ele.

"Mais uma vez, pedimos às Filipinas que respeitem os fatos, observem os entendimentos relevantes entre os dois lados e as disposições do DOC, sigam o consenso alcançado entre a China e os países da ASEAN e retornem ao caminho certo de gerenciar e resolver adequadamente as disputas por meio de diálogo e consulta o mais rápido possível", disse Wang.