Rio de Janeiro, 11 abr (Xinhua) -- A inflação oficial do Brasil medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se desacelerou em março ao registrar 0,16%, o menor valor para o mês desde 2020, enquanto a cifra foi de 0,83% em fevereiro e 0,71% em março de 2023, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira.
Com o resultado de março, a inflação no Brasil acumula 3,93% nos últimos doze meses e 1,42% nos primeiros três meses de 2024.
Para este ano, o Banco Central fixou uma meta de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto, o que permite que o índice varie entre 1,5% e 4,5%.
Em março, dos nove grupos de produtos e serviços analisados, seis sofreram aumento dos preços, liderados por alimentos e bebidas (0,53%), seguido por saúde e cuidados pessoais (0,43%).
Segundo o IBGE, os aumentos de preço dos alimentos foram influenciados por fatores climáticos, como o fenômeno El Niño, que provocou altas temperaturas e fortes chuvas, impactando algumas colheitas.
"Necessitamos esperar para ver quando estes efeitos deixarão de ser notados. Historicamente, vemos a inflação de alimentos se reduzindo, mas não podemos dizer como se comportará nos próximos meses porque não sabemos o prejuízo total dos efeitos do El Niño nas safras", afirmou o IBGE.
Por outro lado, os setores de transportes (-0,33%), comunicação (-0,13%) e gastos pessoais (-0,33%) tiveram deflação em março.
Em 2023, a inflação no Brasil foi de 4,62%, a menor desde 2020. A projeção atual do mercado financeiro é que a inflação fechará este ano em 3,76%.