FAO relata números crescentes de pessoas em insegurança alimentar aguda em 2023-Xinhua

FAO relata números crescentes de pessoas em insegurança alimentar aguda em 2023

2024-04-25 10:28:18丨portuguese.xinhuanet.com

Roma, 25 abr (Xinhua) -- O número de pessoas que enfrentam insegurança alimentar aguda subiu para cerca de 282 milhões em 2023, informou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês) nesta quarta-feira. Trata-se de um aumento de 24 milhões desde 2022, sublinhou a FAO no seu mais recente Relatório Global sobre a Crise Alimentar.

O número de pessoas à beira da fome também subiu para mais de 700 mil no ano passado, quase o dobro registrado em 2022.

A agência da ONU pediu uma "resposta urgente".

"Uma das conclusões mais importantes (do relatório) é que... a porcentagem da população avaliada em insegurança alimentar aguda permaneceu firmemente elevada em 2023", alertou o diretor do Escritório de Emergência e Resiliência da FAO, Rein Paulsen,

As causas profundas foram guerras, eventos climáticos extremos e crises econômicas combinadas com "ações inadequadas". Especialmente o conflito Israel-Hamas e a guerra no Sudão foram identificados como fatores-chave que levaram à escalada da emergência global.

"A Faixa de Gaza tem o maior número de pessoas enfrentando fome catastrófica já registrado pelo Relatório Global sobre a Crise Alimentar, mesmo com caminhões de ajuda bloqueados na fronteira", enfatizou o secretário-geral da ONU, António Guterres, no prefácio do relatório.

Mais de 281,6 milhões de pessoas -- ou 21,5% da população avaliada no relatório -- enfrentaram altos níveis de insegurança alimentar aguda no ano passado em 59 países e territórios.

Por outro lado, a situação melhorou em outros 17 países, o que resultou em 7,2 milhões de pessoas a menos sofrendo insegurança alimentar aguda no mesmo período.

No entanto, o relatório alertou que as perspectivas para 2024 são sombrias, sem previsão de melhora substancial, e com guerras, clima extremo, fraco poder de compras em países de baixa renda e uma diminuição no financiamento humanitário que devem continuar afetando populações que já experimentam insegurança alimentar.

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