Visitantes olham frutos do mar na 22ª edição do Madrid Fusion em Madri, Espanha, no dia 30 de janeiro de 2024. (Foto por Gustavo Valiente/Xinhua)

“Quando viemos pela primeira vez, havia 20 empresas (da China), mas este ano temos 281, houve um crescimento muito rápido”, disse Sun Yaling, vice-secretária-geral da Aliança Chinesa de Processamento e Marketing de Produtos Aquáticos (CAPPMA, na sigla em inglês).

Barcelona, Espanha, 28 abr (Xinhua) -- Os expositores chineses na Exposição Mundial de Frutos do Mar na Espanha esta semana estão ansiosos para mostrar suas mais novas delícias aos entusiastas europeus de frutos do mar.

“Fabricamos produtos de ostras congeladas e queremos vendê-los para toda a Europa”, disse à Xinhua, Wang Lingling, diretor da empresa chinesa Lighthouse Jellyfish, na feira realizada na cidade de Barcelona, ​​no nordeste do país, às margens do Mar Mediterrâneo.

“A maioria das pessoas não sabe que temos esses produtos na China, viemos por isso: queremos mostrar o produto a todos os europeus”, disse Wang, com esperança no evento, que reuniu 2.244 empresas e atraiu 35.000 compradores e distribuidores de todo o mundo.

Juntamente com a empresa de Wang, cerca de 300 empresas chinesas participaram no evento, muitas delas com vontade de conhecer melhor o mercado europeu.

Esta é a primeira vez que a empresa de Wang, sediada na província oriental chinesa de Shandong, participa na feira, em que ele espera divulgar seus produtos e expandir seu mercado.

Vendedora prepara frutos do mar no Mercado Fushansuo, no distrito de Shinan, em Qingdao, província de Shandong, leste da China, no dia 7 de agosto de 2023. (Xinhua/Li Ziheng)

Segundo Fu Wenyang, diretor-geral da empresa Frosista Caviar, com sede na província de Sichuan, no sudoeste da China, “a Europa é um mercado muito importante, pois representa 40% da nossa produção”.

“Queremos conhecer novos clientes cada vez mais porque este é um mercado em expansão e o caviar da China é ótimo e fica cada vez mais popular. Por isso, queremos introduzir o caviar chinês em mais mercados”, disse ele à Xinhua.

Um total de 68 pavilhões nacionais e regionais participaram da feira este ano, onde exibiram suas últimas novidades em marisco congelado, fresco ou em conserva, incluindo novidades como doces de salmão, espetinhos de camarão e batatas fritas de peixe.

“Quando viemos pela primeira vez, havia 20 empresas (da China), mas este ano temos 281, houve um crescimento muito rápido”, disse Sun Yaling, vice-secretária-geral da Aliança Chinesa de Processamento e Marketing de Produtos Aquáticos (CAPPMA, na sigla em inglês), que organiza o pavilhão chinês na feira há 18 anos.

A edição deste ano, acrescentou ela, registou um aumento de empresas de aquicultura e tecnologia de logística, além de grandes compradores dos setores varejista, serviços de alimentação e distribuição.

“Nos próximos anos, acredito que as empresas chinesas continuarão expandindo seus negócios, não só em termos de exportação, mas também de importação de produtos de frutos do mar do mundo inteiro”, disse à Xinhua o vice-diretor-geral da empresa chinesa Hainan Excellence Import and Export Trading, Yun Tianwei.

Trabalhadores pegam com rede peixes pomfrets dourados de águas profundas em fazenda aquática na vila de Xilian, no distrito de Xuwen, cidade de Zhanjiang, província de Guangdong, sul da China, no dia 27 de maio de 2023. (Xinhua/Liang Xu)

Embora a China ainda seja um mercado em crescimento no setor, disse o diretor da empresa sediada na província insular de Hainan, no sul do país, o desenvolvimento do país asiático “significa que seus consumidores procuram cada vez mais alimentos saudáveis, como o marisco”.

O evento internacional reuniu empresas representativas de todos os setores da indústria, desde materiais e máquinas de embalagem, equipamentos e insumos de refrigeração, até serviços de higiene e controle de qualidade.

A União Europeia (UE) é líder mundial na importação e exportação de produtos de frutos do mar em termos de valor líquido, com mais de 31 bilhões de euros (33,17 bilhões de dólares americanos), e a Espanha é o principal importador do bloco, à frente da Suécia e da Dinamarca, segundo dados da Comissão Europeia.