Rio de Janeiro, 8 mai (Xinhua) -- A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou em boletim divulgado na noite desta quarta-feira 100 mortes causadas pelos temporais responsáveis desde 29 de abril pela maior tragédia climática da história do estado mais ao sul do Brasil, fronteiriço com Argentina e Uruguai.
Segundo o boletim, 128 pessoas continuam desaparecidas e há 372 feridas. Há 230.400 pessoas fora de casa. Desse total, são 66.700 estão em abrigos e 163.700 em casas de familiares ou amigos. A cada dia, aumenta o número de municípios afetados pela situação que, agora chega a 417 dos 497 municípios gaúchos.
A volta da chuva nesta quarta-feira causa alerta em regiões já devastadas por enchentes e deslizamentos no estado. Pela manhã, a Defesa Civil emitiu um aviso de chuva forte e vento acima de 90 km/h para grande parte do Rio Grande do Sul. O motivo é a chegada de uma nova frente fria, que também derruba as temperaturas.
O tempo virou à tarde na capital Porto Alegre, que segue com o centro histórico e muitos bairros inundados. Devido às chuvas e ao vento forte, a prefeitura recomendou suspender temporariamente o trânsito de barcos que resgatam moradores e animais nas áreas alagadas pela cheia do Guaíba. As rajadas de vento provocaram ondas, o que colocou as equipes em perigo.
O Brasil todo acompanha a situação mostrada pelas redes de televisão e pela internet, com imagens dramáticas de pessoas e bichos resgatados. Nesta quarta-feira, um destaque foi o vídeo de um cavalo se equilibrando no que restava de um telhado de uma casa, em um local completamente inundado.

