Pessoas recebem presidente chinês Xi Jinping em Budapeste, Hungria, no dia 8 de maio de 2024. (Xinhua/Zhang Fan)

A recente visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Budapeste foi um momento essencial nas relações bilaterais, marcou um novo pico nessas relações e foi considerada como “joia da coroa”, disse um funcionário húngaro.

Por Yin Xiaosheng e Chen Hao

Budapeste, 12 mai (Xinhua) -- A Hungria vê a ascensão da China como potência econômica como uma oportunidade, não uma ameaça, disse Balazs Andras Orban, diretor político do primeiro-ministro húngaro.

A recente visita do presidente chinês, Xi Jinping, a Budapeste foi um momento essencial nas relações bilaterais, disse Orban à Xinhua em entrevista recente, acrescentando que a visita marcou um novo pico nessas relações e foi considerada como “joia da coroa”.

Sendo o primeiro país europeu a participar na Iniciativa do Cinturão e Rota, a Hungria estabeleceu uma parceria forte e frutífera com a China em investimento, comércio, desenvolvimento verde e inovação tecnológica.

“Precisamos de colaborações práticas e pragmáticas”, disse Orban. “A Iniciativa do Cinturão e Rota é um exemplo perfeito de como fazer isso na prática”.

Destacando a ferrovia Budapeste-Belgrado como um projeto emblemático sob a cooperação do Cinturão e Rota entre a China e a Hungria, Orban disse que a ferrovia, com tecnologias de ponta, é “um exemplo perfeito de atendimento às necessidades do povo húngaro”.

Pessoas aguardam trens na estação ferroviária de Belgrado, em Belgrado, Sérvia, no dia 29 de abril de 2024. A ferrovia Budapeste-Belgrado é um dos principais projetos da Iniciativa do Cinturão e Rota da China. (Xinhua/Li Ying)

Mencionando a tendência para os veículos elétricos e a nova indústria energética, além da tecnologia líder mundial da China nesses campos, Orban espera uma maior colaboração na produção e investigação de novas tecnologias promissoras, com potencial de proporcionar um impulso significativo para a economia.

“Isso é benéfico para todos e é uma nova fase na construção do relacionamento China-Hungria. Estamos muito gratos por termos essas boas empresas no nosso país”, disse Orban.

No entanto, Orban advertiu que existe uma tendência crescente de desacoplamento de alguns países ocidentais, observando que essas ações não estão em conformidade com os interesses do povo húngaro.

“Em vez de desacoplar ou reduzir os riscos, acreditamos que a conectividade é a estratégia que funciona”, disse Orban. “Precisamos unir o continente euroasiático e entender que o mundo divide o mesmo futuro”.