Hefei, 17 mai (Xinhua) -- Uma equipe de cientistas chineses criou o primeiro entrelaçamento memória-memória do mundo em uma rede quântica de vários nós sobre uma área metropolitana.

O avanço ampliou significativamente o alcance das redes práticas de entrelaçamento quântico, aumentando-o de meras dezenas de metros para uma distância substancial de dezenas de quilômetros - um aumento que abrange três ordens de magnitude.

Ele forneceu uma base robusta para tecnologias quânticas inovadoras, como computação quântica e interferometria de longa linha de base quântica-aumentada.

O entrelaçamento quântico é um fenômeno da mecânica quântica no qual os estados quânticos de dois ou mais objetos devem ser descritos com referência um ao outro, mesmo que os objetos individuais possam estar separados espacialmente.

Na busca para construir a futura internet quântica, um marco fundamental envolve a transição de experimentos de prova de princípio de dois nós conduzidos em laboratórios para configurações abrangentes de vários nós em grandes escalas.

Os pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da China usaram três nós de memória independentes, cada um equipado com um conjunto atômico de memória quântica, juntamente com um servidor fotônico onde a detecção de um único fóton significa o sucesso da geração do entrelaçamento.

Os nós de memória estão separados por no máximo 12,5 quilômetros, de acordo com o estudo publicado esta semana na revista Nature.

O estudo revelou uma demonstração notável onde a geração de entrelaçamento quântico é alcançada simultaneamente entre quaisquer dois nós de memória.

Além disso, o tempo de vida dos estados emaranhados excede a duração necessária para uma comunicação de ida e volta entre esses nós, de acordo com o estudo.

A conquista inicia "uma nova etapa de pesquisa sobre internet quântica" e abre caminho "para futuras redes quânticas em grande escala", comentou um revisor de pares da Nature.