Beijing, 17 mai (Xinhua) -- A acusação sobre o chamado "excesso de capacidade da China" feita por alguns países ocidentais decorre essencialmente de suas preocupações com sua própria competitividade e quota de mercado e tal abordagem prejudicará a recuperação econômica e a transição verde globais, disse nesta quinta-feira um porta-voz do Ministério do Comércio.
Alguns países impõem restrições à exportação de bens chineses, assim como investimentos e cooperação relevantes, em nome do excesso de capacidade, disse o porta-voz He Yadong em uma coletiva de imprensa, observando que tal intervenção e fragmentação do mercado global inevitavelmente prejudicará as cadeias industrial e de suprimento da nova energia.
He disse que, por um lado, a Europa e os Estados Unidos mantêm altas as metas de enfrentar as mudanças climáticas e exigem que a China assuma mais responsabilidade, enquanto, por outro lado, implementam protecionismo nas indústrias verdes e dificultam o livre fluxo dos produtos verdes da China. "Esse 'duplo padrão' no setor verde minará a cooperação no combate às mudanças climáticas", observou.
O porta-voz pediu que se respeitem as leis e os fatos sobre a questão da capacidade de produção e que se tenha uma visão objetiva, abrangente e de longo prazo.
No contexto da globalização econômica, as questões de oferta e demanda devem ser abordadas de uma perspectiva global, disse ele.
"Não pode ser rotulado de 'excesso de capacidade' simplesmente porque a capacidade de produção de um país excede sua demanda interna", acrescentou.
Muitos países desenvolvidos exportaram um grande número de bens para o mundo por muito tempo, e não se pode dizer que suas exportações sejam razoáveis enquanto as exportações de produtos de nova energia da China são excessivas, disse o porta-voz.
"Os países relevantes devem parar imediatamente de conter a indústria de nova energia da China em nome do excesso de capacidade", disse He, observando que a China tomará medidas sólidas para salvaguardar seus direitos e interesses legítimos, enquanto continua a promover a abertura e a cooperação.