Beijing, 22 mai (Xinhua) -- Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China instou nesta terça-feira os Estados Unidos a cumprirem seriamente os seus compromissos de não usarem Taiwan como ferramenta para conter a China e pararem de esvaziar o princípio de Uma Só China.

O porta-voz Wang Wenbin fez as declarações em uma coletiva de imprensa diária em resposta a uma pergunta sobre os "parabéns" do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ao novo líder da região de Taiwan.

O que os Estados Unidos fizeram viola gravemente o princípio de Uma Só China e os três comunicados conjuntos China-EUA, além de violar seu compromisso político de manter apenas relações culturais, comerciais e outras relações não oficiais com a região de Taiwan. Isso envia um sinal seriamente errado para as forças separatistas de "independência de Taiwan". A China deplora e se opõe a isso e fez sérias representações aos Estados Unidos, disse Wang.

Há apenas uma China no mundo. Taiwan é uma parte inalienável do território da China. A questão de Taiwan está no cerne dos interesses centrais da China e é a primeira linha vermelha que não deve ser ultrapassada nas relações China-EUA, frisou.

"A China se opõe firmemente à interação oficial de qualquer forma entre Taiwan e os Estados Unidos e se opõe à interferência dos EUA nos assuntos de Taiwan de qualquer forma ou sob qualquer pretexto", disse o porta-voz.

A China insta os Estados Unidos a corrigirem seus erros imediatamente, a agirem de acordo com o compromisso do presidente Joe Biden de não apoiar a "independência de Taiwan", "duas Chinas" ou "uma China, uma Taiwan" e de não usar Taiwan como ferramenta para conter a China, a pararem de vagar e esvaziar o princípio de Uma Só China, a pararem de encorajar e apoiar as forças separatistas de "independência de Taiwan" de qualquer forma e a pararem de perturbar a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, disse Wang.

A "independência de Taiwan" não leva a lugar nenhum e qualquer um que seja conivente e apoie a "independência de Taiwan" está fadado ao fracasso. Nenhuma interferência externa pode conter a tendência para a reunificação da China. Qualquer tentativa de desafiar o princípio de Uma Só China e colocar em risco a soberania nacional e a integridade territorial da China será recebida com a resposta resoluta da China, acrescentou.

Recentemente, o "departamento das relações exteriores" de Taiwan emitiu um comunicado protestando contra a condenação da parte continental pelo suborno das autoridades taiwanesas a líderes e funcionários guatemaltecos em troca de apoio político.

Em resposta a uma pergunta relacionada, Wang disse que os fatos e evidências sobre a "diplomacia do dólar" das autoridades do Partido Progressista Democrata (PPD) com a Guatemala são claros e sólidos.

O ex-presidente da Guatemala admitiu abertamente que recebeu suborno das autoridades taiwanesas em troca de manter as chamadas "relações diplomáticas" com Taiwan, disse ele, acrescentando que, no ano passado, o projeto hospitalar de Taiwan na Guatemala estava envolvido em um caso de corrupção. Autoridades guatemaltecas relevantes foram colocadas na prisão.

"Este é apenas um exemplo da 'diplomacia do dólar' das autoridades de Taiwan. Não importa o quão furiosamente protestem ou tentem negá-lo, o fato de que eles buscaram apoio político por meio da 'diplomacia do dólar' não mudará", observou Wang.

Em todo o mundo, 183 países estabeleceram laços diplomáticos com a China. Isso prova que a busca temerária das autoridades do PPD pela "independência de Taiwan" e secessão é fútil e autoenganosa. O que quer que as autoridades do PPD façam, isso não abalará o princípio de Uma Só China e não impedirá a tendência imparável para a reunificação da China, disse Wang.

"Esperamos que a Guatemala e os poucos outros países reconheçam onde a tendência leva e tomem a decisão certa em breve", acrescentou.