Beijing, 7 jun (Xinhua) -- Após décadas de esforços incansáveis, a China fez progressos concretos no avanço dos programas de reflorestamento para combater a desertificação e contribuir para a restauração ecológica global.
Como um desafio ecológico premente que afeta vastas áreas da China, a desertificação tem sido há muito tempo um ponto focal entre as preocupações de desenvolvimento do país e recebeu total compromisso em sua formulação de políticas ambientais.
O Programa da Floresta de Abrigo dos Três Nortes (TSFP), o maior projeto de reflorestamento do mundo, serve como um bom exemplo. Lançado em 1978 e programado para ser concluído em 2050, ele já ajudou a proteger as terras habitadas por pessoas no noroeste, norte e nordeste da China.
Comemorado na quarta-feira, o Dia Mundial do Meio Ambiente deste ano teve como tema "restauração de terras, resistência à desertificação e à seca". Esse tema reflete a dedicação de longa data da China ao combate à desertificação e a dedicação de longa data da China à proteção ecológica.
A seguir, apresentamos alguns destaques da implementação do programa na China, que já dura décadas, e suas conquistas na restauração de ecossistemas.
IMPULSO NACIONAL
-- A China anunciou em 3 de junho um fundo especial no valor de 12 bilhões de yuans (US$ 1,69 bilhão) do orçamento central deste ano para fornecer apoio financeiro ao TSFP.
-- Em junho de 2023, a China propôs que o TSFP fosse transformado em uma "Grande Muralha verde" e em uma barreira de segurança ecológica totalmente funcionais e inquebráveis no norte da China.
-- De acordo com o programa, um total de 22 projetos já estava em construção até o final de 2023, expandindo o reflorestamento e o plantio de grama em uma extensão total de aproximadamente 1,22 milhão de hectares.
-- No ano passado, a China aprovou os planos de controle de areia de 19 regiões provinciais e manteve cinco zonas de terras desertificadas fechadas para proteção, elevando a área total dessas zonas para 1,8 milhão de hectares.
CONQUISTAS ECOLÓGICAS
-- Desde 1978, quando o TSFP foi iniciado, a China expandiu sua área de florestamento no âmbito do programa em 32 milhões de hectares. Até 2050, a projeção é de que essa área abranja mais de 4 milhões de quilômetros quadrados em 13 regiões provinciais, representando 42,4% da área terrestre total do país.
-- A taxa de cobertura florestal nas áreas sob o programa aumentou de 5,05% em 1978 para 13,84% em 2023.
-- Em 2023, cerca de 4 milhões de hectares de florestas foram plantados no país, mais do que os 3,83 milhões de hectares de arborização registrados em 2022, enquanto 4,38 milhões de hectares de pastagens degradadas foram restaurados.
-- Cerca de 1,9 milhão de hectares de terras arenosas e pedregosas foram tratados no ano passado.
-- Desde 2012, um total de 20,33 milhões de hectares de terras desertificadas foi reabilitado, totalizando 53% de todas as terras desertificadas reversíveis no país.
-- Durante o período de 2012 a 2022, a área acumulada de reflorestamento da China atingiu 960 milhões de mu (64 milhões de hectares), enquanto 165 milhões de mu de pastagens foram melhorados e mais de 12 milhões de mu de áreas úmidas foram adicionados ou restaurados.
-- De 2009 a 2019, a terra desertificada teve uma redução líquida de 50 mil quilômetros quadrados, enquanto a terra arenosa teve uma redução líquida de 43.300 quilômetros quadrados.
-- Estima-se que cerca de 15 milhões de pessoas nas áreas sob o programa tenham saído da pobreza por meio do desenvolvimento de indústrias florestais e de fruticultura.
