Destaque: Telescópio FAST da China fornece nova plataforma para cooperação astronômica entre China e países europeus-Xinhua

Destaque: Telescópio FAST da China fornece nova plataforma para cooperação astronômica entre China e países europeus

2024-07-12 11:02:28丨portuguese.xinhuanet.com

Li Di (à direita), radioastrônomo chinês e cientista-chefe do Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros da China, recebe Prêmio Marcel Grossmann de Remo Ruffini, diretor do Centro Internacional de Rede de Astrofísica Relativística (ICRANet), em Pescara, Itália, no dia 9 de julho de 2024. O Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros localizado na província de Guizhou, no sudoeste da China, gerou resultados científicos significativos e abriu novo caminho para a colaboração astronômica entre a China e os países europeus nos últimos anos. (Xinhua/Li Jing)

Pescara, Itália/Guiyang, China, 10 jul (Xinhua) -- O Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros localizado na província de Guizhou, no sudoeste da China, gerou resultados científicos significativos e abriu novo caminho para a colaboração astronômica entre a China e os países europeus nos últimos anos.

Li Di, radioastrônomo chinês e cientista-chefe do FAST, recebeu na terça-feira o Prêmio Marcel Grossmann do Centro Internacional de Rede de Astrofísica Relativística (ICRANet), tornando-se o primeiro cientista chinês a receber esse prestigiado prêmio internacional em física.

Li, pesquisador dos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências (ACC), recebeu o prêmio por suas contribuições inovadoras às capacidades científicas do radiotelescópio mais sensível do mundo, incluindo medições precisas de campos magnéticos interestelares e avanços no estudo de rajadas rápidas de rádio (FRBs, na sigla em inglês) com alta significância estatística, de acordo com o comitê do 17º Encontro Marcel Grossmann em andamento em Pescara, Itália.

Remo Ruffini, diretor do ICRANet, disse que tem colaborado com a China e admirado o trabalho fantástico que Li criou com o FAST. Ele espera melhorar a colaboração no futuro.

As FRBs são transientes astronômicos de duração de milissegundos mais brilhantes em bandas de rádio com origens ainda desconhecidas. Menos de 5% das que já foram detectadas se repetiram e apenas algumas continuam ativas.

Li disse que o estudo das FRBs oferece a oportunidade para avanços significativos no entendimento dos mecanismos de produção e transporte extremos de energia no universo.

Atualmente, o FAST detectou o maior número de eventos de explosão, fazendo contribuições marcantes para o campo de FRBs, acrescentou ele.

Localizado em uma depressão cárstica naturalmente profunda e redonda em Guizhou, o FAST foi concluído em 2016 e iniciou as operações formais em 2020.

Desde sua abertura, o FAST atraiu investigadores de vários países europeus, incluindo Itália. Com sua alta sensibilidade, o telescópio fornece aos astrônomos uma ferramenta poderosa para estudar vários objetos cósmicos, incluindo pulsares em aglomerados globulares e alguns dos corpos celestes mais antigos da Via Láctea.

Os renomados especialistas Paulo Freire, do Instituto Max Planck, na Alemanha, e Alessandro Ridolfi, do Observatório Astronômico de Cagliari, do Instituto Nacional Italiano de Astrofísica, colaboraram com cientistas chineses na exploração de pulsares de aglomerados globulares usando o telescópio FAST e descobriram novos pulsares com características especiais.

Ridolfi liderou o desenvolvimento e a otimização de vários softwares de processamento de dados de pulsares, incluindo compressão de dados de observação de pulsares, pesquisa e observações de temporização, contribuindo para várias descobertas em aglomerados globulares.

Em 2022, Ridolfi recebeu financiamento da Iniciativa Internacional de Bolsas do presidente da ACC. Ele ajudou astrônomos dos Observatórios Astronômicos Nacionais da China no uso do telescópio FAST para estudar pulsares de aglomerados globulares, levando à descoberta de pulsares com propriedades especiais.

“As novas descobertas não só enriquecem nossa compreensão dos aglomerados globulares, como fornecem amostras importantes para as próximas pesquisas e promovem o intercâmbio e a cooperação internacional através do FAST”, disse Li, esperando descobertas mais emocionantes com o FAST através da cooperação internacional.

A China, como membro fundador do projeto internacional intergovernamental de radiotelescópios Matriz de Quilômetros Quadrados (SKA, na sigla em inglês), tem realizado pesquisas conjuntas com países europeus.

Philippe Zarka, astrofísico do Observatório de Paris, se juntou a colegas da Universidade de Beijing e da Universidade Sun Yat-sen, na China, no estudo das explosões de rádio produzidas pela estrela ativa AD Leonis, detectada com o FAST na faixa de 1 a 1,5 GHz, e assumiu o comando da interpretação dessas observações.

“Com o FAST, observamos explosões de rádio da estrela AD Leonis, não pela primeira vez, mas com maior sensibilidade e resoluções de tempo-frequência”, disse Zarka. Ele acrescentou que a sensibilidade detalhada e as resoluções de alta frequência do FAST foram instrumentos em sua pesquisa.

Zarka disse que o FAST pode trazer resultados muito interessantes nas interações estrela-planeta, e ele tem muitas expectativas para comparar os resultados do FAST em ~1 GHz com os resultados do NenuFAR abaixo de 100 MHz.

O FAST foi oficialmente aberto ao mundo em 2021. Sun Chun, engenheiro responsável pela medição e controle do telescópio, disse que em abril de 2024, o FAST recebeu inscrições de 15 países estrangeiros, incluindo Reino Unido, França e Itália, e aprovou um total de quase 900 horas de observação.

“A colaboração com cientistas chineses foi ótima e frutífera, e duas propostas entre cientistas chineses e franceses foram apresentadas em resposta à última chamada do FAST para o próximo ano”, disse Zarka.

Existe uma experiência significativa no desenvolvimento de conjuntos de rádio de baixa frequência na Europa, e Zarka espera que a cooperação com a China nesses assuntos continue se desenvolvendo.

Li Di (à direita), radioastrônomo chinês e cientista-chefe do Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros da China, recebe Prêmio Marcel Grossmann de Remo Ruffini, diretor do Centro Internacional de Rede de Astrofísica Relativística (ICRANet), em Pescara, Itália, no dia 9 de julho de 2024. O Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros localizado na província de Guizhou, no sudoeste da China, gerou resultados científicos significativos e abriu novo caminho para a colaboração astronômica entre a China e os países europeus nos últimos anos. (Xinhua/Li Jing)

Li Di, radioastrônomo chinês e cientista-chefe do Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros da China, discursa no 17º Encontro Marcel Grossmann em Pescara, Itália, no dia 9 de julho de 2024. O Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros localizado na província de Guizhou, no sudoeste da China, gerou resultados científicos significativos e abriu novo caminho para a colaboração astronômica entre a China e os países europeus nos últimos anos. (Xinhua/Li Jing

Li Di (à frente), radioastrônomo chinês e cientista-chefe do Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros da China, discursa no 17º Encontro Marcel Grossmann em Pescara, Itália, no dia 9 de julho de 2024. O Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros localizado na província de Guizhou, no sudoeste da China, gerou resultados científicos significativos e abriu novo caminho para a colaboração astronômica entre a China e os países europeus nos últimos anos. (Xinhua/Li Jing)

Li Di (atrás), radioastrônomo chinês e cientista-chefe do Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros da China, discursa no 17º Encontro Marcel Grossmann em Pescara, Itália, no dia 9 de julho de 2024. O Radiotelescópio Esférico de Abertura (FAST) de quinhentos metros localizado na província de Guizhou, no sudoeste da China, gerou resultados científicos significativos e abriu novo caminho para a colaboração astronômica entre a China e os países europeus nos últimos anos. (Xinhua/Li Jing)

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